Página inicial

Notícia > Política

  • 11.12.2021 - 06:16

    Veneziano faz valer a máxima que governo não se rompe, se trai, e forma chapa com Cássio, RC e Cartaxo


    Turbulências registradas nesses três últimos dias começam a preocupar o voo para a reeleição, até a última semana sem qualquer intercorrência, do governador João Azevedo (Cidadania). Delação premiada de Waldson Souza; pedido de afastamento do cargo pelo deputado Walber Virgolino, o lançamento da candidatura de Ligia Feliciano e o afastamento do MDB de sua base com o anúncio de candidatura própria, balançaram a aeronave governamental, que apesar de encarar os acontecimentos com ‘normalidade’, as reações de internautas nas redes sociais apontam insatisfações que exigem ações ofensivas e posições firmes que demonstrem poder de comando e segurança aos tripulantes.

    A traição do senador Veneziano, do MDB, que o governador á vinha sendo alertado, porém não acreditava, foi, certamente, a de maior impacto para o grupo governista de Azevedo. Nas hostes do MDB paraibano já se sabia que Veneziano costurava sua candidatura ao governo, silenciosamente, antes mesmo do comando partidário nacional decidir pela candidatura a presidência da República da senadora Simone Tebet . Mais que isso, ele também costurava um pacto com os adversários de João (Cunha Lima e Cartaxo) na formação da chapa, mesmo com a esposa ocupando o cargo de secretária no governo, fazendo valer aquela máxima que ”governo não se rompe, se trai”.      

    A matéria da formação da chapa encabeçada por Veneziano segue abaixo, transcrita do portal A Palavra, do jornalista Marcos Marinho:

    Chapa do MDB com Veneziano candidato ao Governo terá Luciano Cartaxo como vice e Cássio ou Coutinho para o Senado

    “Salvo alguma mudança de última hora, a chapa a ser anunciada quarta feira pelo MDB tendo o senador Veneziano Vital do Rego como candidato a governador do Estado pelas oposições a João Azevedo terá como candidato a vice o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), e ao Senado Cássio Cunha Lima (PSDB) ou Ricardo Coutinho (PT).

    O nome de Veneziano será anunciado na próxima quarta-feira como candidato ao Governo da Paraíba, segundo garantiu hoje o vereador Mikika Leitão, presidente municipal do MDB em João Pessoa.

    - “Eu conversei pessoalmente com Baleia Rossi e com Eduardo Braga, da nacional, e o MDB vai ter candidatura a governador na Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas”, afirmou Mikika.

    Na conversa com o presidente Baleia Rossi, Mikika ouviu dele que quarta-feira a novidade será anunciada. Ele garantiu ainda que na semana que vem o partido vai divulgar novidades sobre o tema. “Acho que quarta-feira”, revelou.

    Questionado sobre o nome, a resposta é direta: o senador Veneziano Vital do Rêgo, que fez parte da base aliada de João Azevêdo até o meio deste ano, quando a relação começou a se desgastar.

    A CHAPA

    Influente interlocutor de Veneziano, procurado por APALAVRA, revelou que a “costura” da chapa já vinha sendo feita há alguns meses, faltando apenas o ‘Sim’ de Luciano Cartaxo, que ainda alimentava o sonho de ser cabeça de chapa mas acabou demovido dois dias atrás e adiantou que para a primeira suplência de Cássio deverá compor a chapa a ex-prefeita de Patos, Chica Motta, e o segundo suplente sairá de uma indicação do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, que embora seja aliado de João Azevedo tem algumas queixas do governador e vai mudar de barco.

    O nome de Cássio ainda não é 100% garantido, pois o ex-senador reluta em disputar mandatos políticos para não atrapalhar o rendoso trabalho de lobista de multinacionais que desempenha atualmente no Distrito Federal, e nesse caso a opção seria Ricardo Coutinho, com endosso da cúpula do PT nacional, leia-se Lula e Gleisi Hofmann.

    A “costura” da chapa mexe com dois campinenses - Pedro Cunha Lima e Ana Cláudia Vital. O primeiro, hoje ameaçado de não reeleger-se deputado federal por conta das mudanças na  legislação e também porque perdeu no último pleito metade dos votos obtidos no anterior, receberá a garantia de apoio pessoal de Veneziano e de Luciano; e a segunda, que teria o apoio do ora traído Efraim Filho, para eleger-se deputada federal, possivelmente dispute um mandato estadual”.