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  • 14.06.2013 - 01:04

    Obama autoriza envio de armas para oposição síria


    O presidente americano, Barack Obama, autorizou o envio de armas à oposição na Síria depois que seus assessores anunciaram nesta quinta-feira que os EUA dariam "apoio militar" aos rebeldes, caso fosse confirmado o uso de armas químicas pelo governo sírio, informou hoje o jornal "USA Today".

    A ordem veio poucas horas depois que a Casa Branca confirmou que o governo do presidente sírio, Bashar al Assad, tinha utilizado armas químicas, entre elas o gás sarin, no conflito civil.

    Esta tarde, Ben Rhodes, conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, anunciou o apoio aos rebeldes, mas não esclareceu os detalhes da "ajuda militar" americana às forças de oposição ao governo de Assad.

    O "USA Today" confirmou com vários funcionários que essa ajuda vai incluir o envio de armas para os rebeldes, mas ainda não foi determinado o tipo de armamento, que podem ser armas leves e fuzis e também lança-granadas e artilharia antitanques.

    A Casa Branca tinha se negado a ajudar os rebeldes com o envio de armas e disse que não o faria até ter provas irrefutáveis de que o regime sírio tinha ultrapassado a "linha vermelha" com o uso de armamento químico.

    O senador republicano John McCain, uma das principais vozes a favor de uma intervenção, disse hoje que Obama tinha lhe comunicado que forneceria armas aos rebeldes.

    Os grupos rebeldes sírios receberam até agora ajuda militar da Arábia Saudita, Catar e outros países do Golfo que temem que grupos xiitas como o Hezbollah e o governo do Irã se consolidem na Síria e apóiem os avanços das tropas governamentais.

    Em abril, Obama reconheceu que era muito provável que armas químicas tivessem sido utilizadas pelas forças de Assad em um conflito que já dura mais de dois anos e que, segundo cálculos da ONU, matou até agora 93 mil pessoas.

    O avanço das forças de Assad, com o apoio do Hezbollah e do Irã, pode ter acelerado a decisão da Casa Branca, que acontece uma semana antes da reunião do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá, Itália e Rússia) na Irlanda do Norte.