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  • 24.08.2022 - 11:12

    Mourão: Alexandre de Moraes é o ofendido, o investigador, o denunciador e o julgador


    Em entrevista ao canal do “cientista político conservador” Paulo Moura, no Youtube, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

    A entrevista foi realizada ao vivo na noite de segunda-feira (22), horas antes de a Polícia Federal deflagrar, por ordem de Moraes, uma operação de busca e apreensão contra empresários pró-Bolsonaro acusados de terem defendido um golpe de Estado.

    Na mesma entrevista, Mourão também defendeu a aprovação do impeachment de ministros do STF como o “grande papel do Senado” e pregou a necessidade de se “construir uma maioria” para aprovar a destituição de magistrados da Corte que estão “usurpando os poderes”.

    Instado a comentar a relação entre os poderes e sobre o papel do Senado nesse contexto, Mourão afirmou que o “principal problema hoje é o Judiciário invadindo a cadeira do Legislativo e a cadeira do Executivo”.

    Ele defendeu que “isso tem que ser parado, porque, se não, vamos viver a ditadura da toga”.

    “Considero hoje o caso mais emblemático esse inquérito que, depois aí de mais de dois anos, vem sendo conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. O inquérito onde ele é o ofendido, ele é o investigador, ele é o denunciador e ele será o julgador. Ou seja, todo o devido processo legal está rasgado nisso aí. Não adianta alguém querer convencer a gente de que isso está correto. Qualquer aluno de primeiro ano em uma faculdade de Direito sabe que isso não está correto. E isso rasga, vamos dizer assim, a nossa Constituição”, afirmou o vice.

    Mourão defendeu que, nesse cenário, o papel do Senado deve ser “construir uma maioria” na Casa tanto para mostrar que as futuras indicações para os tribunais superiores “não servem”, como para aprovar eventuais impeachment de ministros dessas cortes superiores.

    “Você tem que construir a maioria. Você tem que mostrar para aquela maioria que aquela indicação não serve. Mas, por outro lado, você também tem que construir uma maioria para mostrar o seguinte: olha aí, pessoal, temos um ministro que está usurpando os poderes, nós precisamos retirá-lo. Isso é o grande papel do Senado. É realmente você lá dentro convencer os outros”, disse o general.

    Gazeta Brasil