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  • 20.02.2023 - 07:46

    Chuvas em São Paulo provocam deslizamento de terra, inundação de casas e destruição de vias


    O governo de São Paulo organiza uma megaoperação de apoio às vítimas da chuva que afeta o litoral paulista neste fim de semana. Houve inundação de casas, deslizamentos de terra e quedas de árvores.

    Uma criança de 7 anos morreu em razão de um deslizamento em Ubatuba. Em São Sebastião, por sua vez, uma mulher de 35 anos foi atingida por uma árvore que caiu. Ela chegou a ser resgatada com vida, mas morreu antes de chegar ao hospital. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, estão na cidade. Depois que São Sebastião registrou mais de 600 milímetros de chuva em 24 horas, a Defesa Civil decretou estado de calamidade pública.

    As Forças Armadas devem apoiar a operação do governo paulista. O Batalhão Aéreo de Taubaté, por exemplo, vai disponibilizar helicópteros de alto desempenho para socorrer as vítimas. De acordo com Tarcísio, pelo menos 30 pessoas esperam socorro.

    Caos nas cidades

    “Infelizmente, chegaram relatos de óbitos”, disse o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB). “Mas a gente ainda não conseguiu confirmar toda a dimensão. Temos muitos bairros isolados, como Barra do Sahy, Toque-Toque e Maresias. Não há como chegar por terra, porque os acessos estão bloqueados, nem pelo mar nem pelo ar, em razão do mau tempo. Fiz um sobrevoo nesta manhã, mas não consegui passar de Maresias.”

    De acordo com boletim divulgado nesta tarde pelo governo do Estado, as regiões de São Sebastião que mais sofrem com as chuvas são Camburi e Baleia. “Equipes do Corpo de Bombeiros atendem uma vítima de soterramento”, informou. “Em Boiçucanga, as equipes de emergência auxiliam no atendimento a pessoas isoladas.” Pelo menos 50 casas desabaram e outras ainda correm risco.

    Ubatuba também enfrentou problemas. Conforme o Corpo de Bombeiros, uma pedra deslizou sobre uma residência na Rua Benedito Alves da Silva, no bairro de Perequê Açu, na madrugada de domingo. Uma menina morreu na hora.

    Em Santos, na Baixada Santista, a chuva alagou diversas ruas e invadiu casas. A Ponte Edgar Perdigão, por exemplo, onde os passageiros tomam as balsas para o Guarujá, foi invadida pela ressaca do mar. Por isso, a travessia de barcas precisou ser suspensa. O Carnaval, no Centro Histórico de Santos, não irá mais ocorrer. São Vicente e Praia Grande, por fim, também registraram alagamentos.

    Em Ilha Bela, por exemplo, a chuva arrastou carros e alagou o interior de pousadas. O abastecimento de água na cidade está interrompido. A programação de Carnaval, com Marchinhas e o Banho da Dorotéia, foi cancelada. O transporte público da Barra Velha ao Borrifos está fora de operação. Não há prazo de normalização.

    Vias fechadas

    Rodovias que dão acesso ao litoral Norte, como Rio-Santos, Tamoios e Oswaldo Cruz, estão com trechos bloqueados por queda de barreiras. Além disso, houve alagamentos em Santos, São Vicente e Praia Grande. A chuva provocou também a interdição da Rodovia Mogi-Bertioga, que dá acesso ao litoral. Conforme o Departamento de Estradas de Rodagem, houve rompimento de uma tubulação na altura do quilômetro 82, em Biritiba-Mirim. Isso provocou a erosão da pista. As polícias estão orientando os motoristas a usar rotas alternativas do Sistema Anchieta-Imigrantes e a Rodovia dos Tamoios, apenas parcialmente interditada em razão das chuvas.

    A Defesa Civil informou que choveu 190 milímetros em algumas regiões do litoral norte nas últimas 12 horas e 250 milímetros ao longo de um dia. Em Ilhabela, choveu quase 230 milímetros em poucas horas.

    De acordo com o governo paulista, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil montou um comitê de gerenciamento das ações de atendimento às vítimas da chuva. Seis equipes da Defesa Civil Estadual se dirigiram a São Sebastião para ajudar nos trabalhos.

    Com Revista Oeste