Página inicial

Notícia > Brasil

  • 28.02.2022 - 06:57

    Bolsonaro desmente conversa com Putin e diz que posição sobre a guerra não pode prejudicar o país


    O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) não telefonou para o presidente da Rússia Vladimir Putin sobre a guerra do país contra a Ucrânia neste domingo (27), conforme relatamos mais cedo.

    O mandatário realizou uma coletiva de imprensa na noite deste domingo (28) , no Guarujá, litoral paulista. Durante a entrevista, o mandatário disse que tinha conversado “há pouco” com Putin, por duas horas.

    “Estive há pouco conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Tratamos de muita coisa, a questão dos fertilizantes foi das mais importantes. Obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia, eu me reservo aí como segredo de não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam”, disse Bolsonaro mais cedo,

    Entretanto, o chefe do executivo se referia à conversa presencial quando da sua visita ao Kremlin, no último dia 16. O Itamaraty também informou que se tratava desse encontro.

    “Não procede a informação que eu teria falado com o Presidente Putin no dia de hoje.  Conversei com ele apenas por ocasião da minha visita à Rússia em 16 de fevereiro”, disse o presidente brasileiro.

     “O voto do Brasil não está definido e não está atrelado a qualquer potência. Nosso voto é livre e vai ser dado nessa direção. A nossa posição com o ministro Carlos França é de equilíbrio. E nós não podemos interferir. Nós queremos a paz, mas não podemos trazer consequências para cá”, disse Bolsonaro.

    Ao responder uma pergunta sobre manter a neutralidade, mesmo após o avanço dos russos por cidades ucranianas provocando mortes de civis. O presidente respondeu que “grande parte da população da Ucrânia fala russo”. “São países praticamente irmãos. Um massacre de civis há muito tempo não se ouve falar. Não é tática de nenhum mundo fazer isso”, respondeu.

    “Eu entendo que não há interesse por parte do líder russo de praticar um massacre. Ele está se empenhando em duas regiões do Sul da Ucrânia que, em referendo, mais de 90% da população quis se tornar independente, se aproximando da Rússia. Uma decisão minha pode trazer sérios prejuízos para o Brasil”, acrescentou o presidente.

    Gazeta Brasil