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15.05.2013 - 18:06
Assembleia da ONU condena Assad e apoia oposição na Síria
A Assembleia Geral da ONU adotou nesta quarta-feira (15) uma resolução condenando as forças do presidente da Síria, Bashar al-Assad, pela "escalada" na guerra civil que castiga o país, e apoiando a coalizão oposicionista que tenta derrubar o governo.
A resolução, que não tem força legal, teve 107 votos favoráveis, 12 contrários e 59 abstenções.
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Leia mais notícias sobre a guerra civil na SíriaNo ano passado, uma resolução semelhante havia conseguido 133 votos.A guerra civil, que já dura mais de dois anos, matou pelo menos 80 mil pessoas, além de provocar uma crise de refugiados e gerar instabilidade na região, segundo as Nações Unidas.
Estados Unidos, Reino Unido e França se juntaram aos países árabes no apoio à resolução, apresentada pelo Qatar e por outras nações árabes, que manifestaram a sua "indignação" diante do rápido aumento do total de mortos.
Rússia, China, Síria, Irã e Coreia do Norte estão entre os 12 países que se opuseram à resolução e 59 se abstiveram, entre eles Brasil, África do Sul e Índia.
A Assembleia "condenou energicamente a contínua escalada no uso de armas pesadas por parte das autoridades sírias", incluindo "mísseis balísticos" contra civis, ressalta a resolução.
Em relação aos esforços políticos para pôr fim à guerra, a assembleia solicitou às partes que trabalhem pela "rápida implementação" de um comunicado elaborado pelas principais potências em Genebra no ano passado, que detalhava as etapas para um governo de transição.
A resolução considera a Coalizão Nacional Síria "um representante efetivo de que os interlocutores necessitam para uma transição".
A Rússia, que antes da votação tinha enviado um comunicado aos 193 membros da ONU classificando a resolução de "parcial", afirmou que esta "seria um sério obstáculo para as tentativas de levar as partes sírias à mesa de negociações".
No entanto, os países ocidentais apoiaram decididamente a resolução.
"As consequências desta crise aumentam, afetando não apenas a Síria, mas toda a região", disse a embaixadora assistente americana Rosemary DiCarlo, acrescentando que o apoio à resolução está em consonância com os esforços pela organização de uma conferência de paz.