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  • A volta dos miltares

    01/04/2014

      Para amenizar as minhas noites de insônia, costumo ao deitar ligar a televisão. Na semana passada, lá para tantas da madrugada, acordei assustado e surpreso. O programa que estava sendo exibido em uma das redes televisivas não era nenhum filme de terror. Passava naquele instante em um desses canais um protesto que fora realizado na cidade de São Paulo. Tratava-se da reprise de uma manifestação que discorreu na Avenida Paulista, onde os participantes exibiam panfletos, cartazes, carro de som ás alturas, bem como várias faixas. Uma delas pedia a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República; outra expressava o desejo do retorno dos militares ao poder e mais uma exclamava de alto e bom tom “PT NUNCA MAIS”.

    O ato foi organizado por entidades com inclinação nacionalista e teve o apoio de integrantes da extrema direita. A maioria dos que ali estavam eram esposas de militares e pessoas da terceira idade. Não obteve êxito em virtude do número reduzido dos que compareceram ao evento ser bem inferior ao esperado, porém foi uma manifestação pacífica.  Considerada como a reedição da “marcha da família com Deus pela liberdade”, que reuniu 500.000 pessoas na Região Central de São Paulo, contra o então Presidente João Goulart, um dos estopins para o Golpe Militar que implantou a ditadura no país.

    Nos meus comentários em artigos divulgados neste portal, esses protestos teriam que acontecer a qualquer momento. É compreensível o desabafo natural do nosso povo cansado de esperar soluções sem retorno e sentindo-se envergonhado pelos escândalos que aqui acontecem, chocado de ver seu país colocado em segundo lugar do mundo em corrupção, perdendo apenas para a Nigéria. E mais, ter que aceitar que estamos abaixo de vários países da América do Sul nas áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública. Portanto, essas ações realizadas foram inevitáveis e outras virão. Todas elas têm por finalidade alertar a população da possibilidade do retorno dos militares ao poder. TALVEZ.

    A elite brasileira e os políticos concordaram com a revolução com medo de perderem a propriedade privada que naquele instante corria risco e era perigoso. As invasões praticadas pelas chamadas LIGAS CAMPONESAS nas propriedades, os piquetes e pedágios realizados nas estradas e rodovias, por eles praticados nos deixavam apavorados. O povo queria mudanças de imediato e os militares pacificamente promoveram a volta à democracia.

    No momento não vislumbro a volta dos militares ao poder. O Brasil passa por uma crise.

    Estamos carentes de disciplina, patriotismo e valores morais. Com toda essa problemática, vamos louvar nossa democracia que nos dá o prazer de liberdade e de expressão de nossas ações e pensamentos. Nos tempos hodiernos nosso povo é contra um regime de perseguição, privação a liberdade e atrocidades como aqueles praticados nas décadas de 1960 e 1970. O momento e inoportuno. Ainda temos como reverter esta situação nas eleições de outubro de  2014.  É o momento de usar as armas que temos, ou seja, o voto. Vamos tentar mais uma vez fazer a renovação dessa enxurrada de políticos corruptos nas casas legislativas e dos gestores dos poderes executivos em todo o país. Vamos escolher candidatos dispostos para trabalhar e oferecer projeto desenvolvimentista que o país tanto precisa, tarefa que de antemão já sei não ser fácil. A concretização desse sonho depende exclusivamente da nossa força e muita coragem.

     

    PS: Os artigos estão sendo divulgados, no FACEBOOK do colunista.


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