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  • Desperta Brasil

    17/03/2014

     

    O brasileiro ainda não acordou. Deve estar na leniência deitado em berço esplêndido esperando oportunidades e dias melhores para aplicar o método do menor esforço. É desanimador constatar em pleno século XXI, que em países como o Brasil, ainda vigora a Lei do “jeitinho”. Esta atitude indecorosa sinaliza que transgredir é normal, vantajoso e sem risco.

    O Brasil se acostumou com essas mazelas cotidianas.  Quando um fiscal recebe propina para fechar os olhos a um cumprimento da lei, o cidadão que foi beneficiado sabe que não será punido, pois o funcionário fará tudo com aparência de correto para não ser flagrado. Contam ainda com os governantes que lavam as suas mãos fingindo não ter responsabilidade dos fatos acontecidos. Os escândalos nos órgãos públicos tem maior intensidade nas prefeituras municipais, onde são comercializadas liberações vergonhosas de alvarás de funcionamento para áreas de entretenimentos (boates, bares e restaurantes campos de futebol, etc.) e para construções de moradias em área de risco onde ocorrem mais tragédias e calamidades públicas, notadamente no inverno. Não podemos esquecer do fato ocorrido no ano passado na Prefeitura da cidade do Estado de São Paulo, onde uma quadrilha ali formada com gente de alto escalão levou quase meio milhão de reais de seus cofres, em negociatas com empreiteiras e construtoras. Amparados através de liminares, fornecidas pela justiça quase todos estão soltos gastando a sobra do delito sem fazer reposição do que não lhe pertence. Parece que essa dinheirança oriunda dessas ações criminosas desapareceu como um passo de mágica. Onde está o dinheiro do assalto do Banco Central em Fortaleza, das trapaças e desfalques do juiz Lalau no TRT em São Paulo, a ladra Jorgina no  INSS, do ex-Prefeito e ex-Governador Paulo Maluf, sem contar com os reais encontrados nas cuecas e meias de nossos políticos. Com a palavra o Ministério Público ou quem de direito para solucionar esse imbróglio, ou seja, fazer a reposição dos nossos recursos desviados.

    È dever dos governantes fazer cumprir as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal. (lei complementar nº 101) que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, fazendo o elo do equilibro entre receitas e despesas. Trata-se de um instrumento forte e eficaz com sanções pesadas para os infringentes, que além de condenação e prisão, há casos de cassação de mandatos e inelegibilidade para políticos. Mesmo sabendo da possibilidade de punições continuam fazendo suas barbáries, na certeza de que em nosso país quase tudo se resolve, desde que utilize muito dinheiro e uma boa conversa.

    Antes de acordarmos este gigante adormecido vamos esperar dos entes públicos, a resolução de alguns problemas que são cruciais: a crise constitucional entre os três poderes, corrupção endêmica, escalada desenfreada da inflação crônica, epidemia de violência, a decadência da infraestrutura e o maior deles, o calcanhar de Aquiles, que é a impunidade sem controle.

    Como não acredito em milagres fica difícil resolvermos essa missão a contento. DESPERTA BRASIL!


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