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  • Vamos priorizar o Brasil

    13/02/2014

     Parece-me que o governo em suas áreas federal, estadual e municipal, bem como nossos políticos, não conseguiu honrar no ano anterior aquelas promessas de reforma que os brasileiros tanto almejavam. A população chegou ao extremismo de invadir ruas e praças com suas manifestações e protestos exigindo mais saúde, educação, segurança, infra-estrutura, entre outros.

    Vislumbro que pouca coisa foi concretizada até agora, senão algumas mine reformas e ações paliativas, objetivando reduzir o clamor da nossa sociedade tão esquecida pelos nossos entes políticos. O que se observa no cotidiano são escândalos, negociatas, fraudes, desvios do dinheiro público, recursos estes que poderiam ser destinados a projetos prioritários, no entanto são utilizados para a construção de arenas de futebol, futuros elefantes brancos após Copa do Mundo,  prioridade impar da nossa presidente. Vimos também nosso dinheiro ser direcionado para empréstimos às empresas e países amigos para financiar projetos de investimentos considerados estratégicos pelo governo federal, indiferente     aos  protestos já manifestados  no inicio do ano, cujo alvo principal são os gastos do governo. Nossa presidente em discurso oficial transmitido em cadeia nacional de radio e televisão foi categórica ao expressar que não havia dinheiro público aplicado na preparação e construção de estádios para a copa. Segundo o SITE- UOL  Esporte e  informações junto ao Ministério dos Esportes, ao contrário  do que o governo proclama,  foram  gastos pelo governo federal milhões de reais.  E a farra ainda continua até a realização do evento.

       No caso dos empréstimos aqui referidos aos países amigos está para ser votada na Câmara Federal a medida provisória MP/628/2013  editada pela presidente, liberando para o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) 24 bilhões do Tesouro Nacional com esta finalidade. A Revista Isto É desta semana trás uma matéria com o titulo POR QUE O BRASIL ENTREGA TANTO PARA CUBA ¨. Sobre o assunto o corpo editorial desse conceituado órgão jornalístico trás no bojo, ilações interpretativas justificando por que nossa irmã, adotada pela Dilma, tem prioridade em relação aos nossos sofridos irmãos de sangue a ponto de desembolsar tanto dinheiro para sustentar um projeto no meio do Caribe num país com problemas de infra-estrutura bem maiores que o Brasil. Em termos econômicos Cuba é irrelevante para o Brasil, ocupando a 51ª posição entre parceiros comerciais brasileiro. Mesmo assim, no mês passado a presidente inaugurou ao lado do ditador cubano, a primeira etapa do Porto de Mariel, em Havana. A presença de Dilma se deve a uma razão principal: a conta foi paga por ela – na verdade, por todos brasileiros.  O porto custou U$957 milhões de dólares, dos quais U$802 milhões vieram pelo Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDS).  Toda essa dinheirada deveria estar sendo empregada em ações mais urgentes e prioritárias, como por exemplo a transposição das águas do Rio São Francisco. Trata-se de um projeto antigo que daria uma solução definitiva para os nordestinos que é a falta d’água para matar a sua sede. Poderia também ser utilizado na infra-estrutura dos portos brasileiros. No caso do porto de Cabedelo há um projeto esperando ser executado, sendo postergado por nossos governantes sem uma avaliação do quanto este ancoradouro representa  para o nosso desenvolvimento econômico quando da exportação dos nossos produtos .

    PONTO FINAL

     

    Quando será que o governo federal dará um basta nesse desmando com nosso dinheiro e fará voltar a função primordial do BNDS, que é o social?

    Jose Neurion Gomes

    Email: joseneurion@hotmail.com


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