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  • Esquecimento ou descaso?

    03/01/2014

    Mais uma vez a nossa Paraíba foi passada para trás por quem de direito, e grandes projetos para implantação de empreendimentos que poderiam ser aqui instalados, se foram para outros estados e ali se estabeleceram. Depois da repercussão, através da mídia, da concessão da Montadora FIAT, na cidade de Goiana, no nosso vizinho estado, o mesmo foi agraciado por um empreendimento de grandes proporções. Agora é a indústria de Biotecnologia, indústria produtora da nova vacina de meningite tipo B, que será instalada na cidade de Jaboatão dos Guararapes em PE. Segundo a “Revista Isto É” o projeto de R$ 804 milhões já foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDS).

    Há de se perguntar: De quem é a culpa?

    Diria, sem medo de errar, que é dos políticos. Eles pertencem ao Poder Legislativo e como tal são os legisladores do direito e responsáveis pelas proposituras das reformas que o país tanto precisa. Quase todas as propostas estão adormecidas nos seus gabinetes, no Congresso Nacional, a espera de votação. Gostaria de acreditar que os congressistas estão interessados em resolver problemas de soluções práticas, que venham beneficiar nosso estado carente. Desconfio, no entanto, que estão mais interessados em votar assuntos que possam beneficiá-los, e a população vai ficando sempre em segundo plano. Quando se trata da reforma política, eles não aceitam mudanças nas regras do jogo já começado, e pedem que o projeto seja postergado para depois das eleições que se avizinha. A reforma tributária, a meu ver, é a mais importante de todas elas. Esta sim mexe com o bolso do contribuinte sobrecarregado com a maior cobrança tributária do mundo. Não foi votada ainda pela falta de vontade dos congressistas, pois há muito jogo político e interesse entre os governadores dos Estados que temem com a queda da arrecadação de receitas, principalmente do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Neste projeto o calcanhar de Aquiles é a “Guerra Fiscal”, luta desenfreada entre os Estados brasileiros em busca de mais fontes de renda. A disputa entre a Paraíba e Pernambuco é um caso típico de “Guerra Fiscal”. Ambos correm atrás de novos empreendimentos que venham trazer mais recursos para seus estados. Como nossa representatividade é menor, ficamos sempre em segundo plano.

    Todas as questões relativas ao Estado da Paraíba estão nas mãos dos nossos representantes políticos, notadamente daqueles que formam a bancada federal no Congresso Nacional. A meu ver, o primeiro passo a ser seguido é acabarem de vez com essa mentalidade retrógrada, do tempo das cavernas, e partir unidos numa corrente, exigindo do governo federal mais recursos e investimentos. Um segundo ponto seria acabar com essas desavenças políticas, que só fazem emperrar o progresso, e pensar no Estado como um todo, independente de partidos políticos, mandamento este que está sendo adotado pelos nossos vizinhos. Podemos citar como exemplo, o caso de Recife, foi dormir cidade e acordou “Metrópole”.

     

    Se houver boa vontade de todos, certamente chegaremos lá.

    JOSÉ NEURION GOMES

    Email: joseneurion@hotmail.com


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