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  • Um grito de esperança

    06/12/2013

     Ao ler este artigo, minha filha Eliane, uma das minhas fontes de inspiração e leitora assídua dos meus parcos trabalhos, há de dizer: “Painho, o senhor está sendo muito repetitivo. O senhor já falou em uma de suas colunas o que ocorreu no dia 11 de junho de 2013, daquelas manifestações e protestos realizados em quase todo território brasileiro, quando a Nação acordou clamando por soluções imediatistas para os seus problemas mais cruciais, ou seja, saúde, educação e segurança.” Minha filha, estes fatos nos observamos diuturnamente, nas filas de bancos, shoppings, supermercados, feiras livres, mesas de bar, etc. A insatisfação é geral. Ouvimos também vozes uníssonas e ordeiras de um povo sofrido de tanto esperar dos políticos e do próprio governo  algum resultado positivo  em relação  a nossa sociedade. Apesar da  exaltação da população quase nada mudou. Eles continuam agindo como se nada houvesse acontecido. Porém, não devemos recuar. O momento é de luta e persistência. Cabe-nos bater diariamente na mesma tecla. Como diz o adágio popular: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

    O QUE SE ESPERA DA JUSTIÇA

    Estamos em um momento histórico. A nossa justiça deu um grande passo à frente, saindo dessa letargia secular.  Vamos exigir nossos direitos e garantias individuais emanadas da nossa Carta Magna, que há muito vem sido desgastada e desrespeitada, notadamente entre nossos entes públicos e privados. Agora ela surge forte e poderosa com o apoio integral no Supremo Tribunal Federal (STF). É comum dizer-se aqui no Brasil que ”tudo termina em pizza” fazendo uma alusão que conchavos são resolvidos em mesa de bar, isto é, que os poderosos não serão punidos como os simples mortais. Estas bizarras conclusões estão com os seus dias contados. Vamos esperar, doravante, que em suas futuras decisões, os membros da nossa corte maior da justiça, ajam com o mesmo rigor com que julgaram o malfadado mensalão. O que se viu naquela notória sessão do supremo, uma das mais longas desde a sua criação, foi a decisão dos seus pares (11 ministros) praticamente dando por encerrado o julgamento do mensalão, resultando com 13 dos 25 condenados tendo suas prisões decretadas.

    Os condenados estão tentando a todo custo, uma brecha na justiça para senão se livrar pelo menos minimizar suas penas. Citamos como exemplo o caso do ex ministro, chefe da Casa Civil, condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos, valeu-se da lei que permite o preso trabalhar de dia e voltar todas as notes para a cadeia. O Hotel Saint Peter, em Brasília, cooperou com o plano. Contratou o senhor Jose Dirceu como Gerente Administrativo como um salário nada mais nada menos que R$ 20.000,00 valor este muito acima do mercado. Louvável a idéia de um internauta que conclama para que todos façam um boicote ao hotel.

    Outro que também está tentando escapar da condenação é o deputado José Genuíno. Reivindica junto a Câmara uma aposentadoria por invalidez. Os médicos constataram que o deputado não tem doença grave no coração. Esperamos que a justiça seja feita.

    A lista é grande entre deputados, tesoureiros de partidos, gerentes e sócios de bancos, todos igualmente responsáveis por este escândalo que envergonham os poucos políticos sérios remanescentes.

    Ainda restam homens dignos neste país. Confiamos no Supremo Tribunal Federal e na imparcialidade de suas decisões.

     

    JOSÉ NEURION GOMES

    Email: joseneurion@hotmail.com


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