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Reforma fatiada
07/08/2013
TODA REFORMA TRADUZ MUDANÇAS
É o que nos estamos esperando de nossos políticos, projeto de reforma política que atenda de forma mais abrangentes os anseios da nossa sociedade, à espera de respostas mais realista para o momento em que nosso país vive. Aguarda-se que tal projeto apresente-se com mais do que foi prometido pela Constituição Federal de 1988. Chamada de constituição cidadã pelo nosso saudoso deputado federal Dr. Ulisses Guimarães. E até hoje não foi concretizado por quem de direito.
Há temas de interesse da nação que não foram ainda regulamentadas, notadamente na área política. Que segundo a norma constitucional deverá ser através de leis complementares à constituição. Daí o famoso chá de cadeira oferecido pelos nossos congressistas. Que só vota matérias de seu interesse. Até o momento pouca coisa foi realizada por eles nessa área. De vez em quando, aparecem mudanças paliativas, como: conseguiram abolir os 13° e 14° salários, mas em contra partida, conseguiram recursos para ampliar as chamadas verbas de gabinete e outros auxílios, dessa forma o prejuízo que teriam. Acabou só no papel o nepotismo-fisiologismo e criaram as chamadas nomeações paralelas entre os colegas, fazendo o cruzamento entre os gabinetes e até nos ministérios.
TÓPICOS DA REFORMAHá muito tempo, vinha tentando escrever um artigo sobre Reforma Política, tema atraente e muito complexo. Em busca de conhecimentos procurei via Internet, opiniões de alguns colunistas e cientistas políticos. De entrada deparei-me com ás conclusões do Relatório do Deputado Federal Henrique Fontana.
Ele é o relator das propostas de Reforma Política em tramitação na Câmara Federal. Em suas assertivas, verifica-se pouca disposição dos parlamentares em aprovar os textos ali encaminhados da reforma, notadamente o Financiamento Público, nas campanhas eleitorais, o calcanhar de Aquiles, do projeto em tela. Entende-se por Financiamento Publico a criação de um fundo de recursos públicos destinados à partidos de acordo com seus representantes no congresso para eles cobrir suas campanhas eleitoreiras. Pelo projeto da reforma ficam proibidas as doações de campanhas. O fundo partidário é o único recurso a ser utilizado. Esta proposta ganhou força logo após o Escândalo do Mensalão. É tanto que algumas entidades representativas da sociedade, estão se arregimentando no sentido de debelar de vez o poder econômico nas eleições. A preocupação é uma só, o comprometimento dos políticos com as empresas doadoras. Estas ações são as fontes da corrupção. Os políticos recebem doações, em contrapartida, se eleitos, ficam obrigados de repor com benesses.
REFORMA FATIADAO que se observa é que nossos políticos, na maioria deles, não estão interessados em reforma política no exato momento . Alegam, entre outras justificativas, não aceitar mudanças nas regras do jogo já começado, e pedem que tal projeto seja postergado para depois das eleições de 2014. O fato é que o interesse político fica acima das melhorias que a sociedade almeja previstas na Reforma.
Por outro lado, segundo o relator, já estar havendo consenso no Congresso Nacional, Câmara Federal e outros segmentos interessados no assunto no sentido de que para viabilizá-la é preciso ser FATIADA, ou seja, os temas precisam ser votados separadamente e em seqüência Desse modo, debatendo e votando os temas parte por parte é a melhor maneira de solucionar á questão.
OPINIÃODo que se depreende dos fatos aqui analisados, a ilação que se tira, é que não haverá reforma este ano, a não ser que surja algum acontecimento novo, qual seja uma movimentação mais abrangente da população brasileira, do tipo que originou a LEI DA FICHA LIMPA.
PLEBISCITOBeneficiários que são das regras atuais, parlamentares empurram consulta popular para 2014, matéria do governo que seria realizado em setembro deste ano. O argumento principal, segundos eles, para adiar o Plebiscito, é a falta de tempo para realizá-lo, a ponto de as regras valerem para às próximas eleições, medida esta que foi acatada pela Ministra do TSE Carmen Lucia. Deste modo a consulta foi abortada. Segundo os partidos de oposição o engavetamento do projeto do governo federal é considerado como DERROTA entre outras para a Presidenta Dilma Rousseff. Que no momento atual está se despencando nas pesquisas eleitorais fato este que pode prejudicá-la na sua reeleição.
FATO NOVO
Acuados ainda com as manifestações populares e a pressão dos protestos, os parlamentares agora, no sentido de dar satisfações à sociedade, querem criar uma MINI-REFORMA, ou seja fazer um arremedo de reforma votando temas menos polêmicos e urgentes da pauta e transferindo para o ano temas não consensuais, tais como: Financiamento Público, reeleição, voto distrital, eleições proporcionais e outras.
Contato: joseneurion@hotmail,com
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