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  • A fuga do eleitor

    25/07/2016

    Abstenção é o ato de se eximir ou se negar de fazer alguma coisa. Em política este ato  pode ser analisado amplamente como forma do eleitor  promover a sua exclusão voluntariamente  de participar  do processo eleitoral.

    São várias as causas que levam o eleitor a tomar essa decisão, podendo-se citar entre outras: a falta de esclarecimento eleitoral, ou  seja, a desinformação sobre programas e regras eleitorais, onde a população  não está convencida e sensibilizada justamente pela ausência de propostas; o desinteresse e descredito  generalizado dos políticos que  reflete no crescimento da abstenção nos números de votos brancos e nulo, mesmo sabendo da obrigatoriedade constitucional de comparecer as urnas; a maneira arcaica de fazer política, transformando-a como um  meio de enriquecimento ilícito  e de  poder, esquecendo suas obrigações com a população,  fazendo com que o eleitor distancie cada vez mais deles,  mergulhados nas denuncias de corrupção nas operações do Petrolão e a Lava Jato, sendo alguns políticos cassados, presos  ou com processos em andamento na justiça. Uma pesquisa feita recentemente mostra claramente a percepção das pessoas em relação à politica. Existe uma alta desconfiança e rejeição da sociedade em relação aos nossos congressistas, motivo pelo qual estamos assistindo o fenômeno da rejeição.

    MUDANÇAS JÁ

    Estamos precisando urgentemente de uma reforma política profunda, que traga no seu bojo mecanismos  de controle dos cidadãos sobre os seus representantes podendo numa ilicitude argui-los na justiça.    Outro fato merece destaque e podemos analisar neste artigo. Nestas últimas eleições, o desinteresse dos jovens pela política. Dados fornecidos pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE) mostra que o total de eleitores jovens entre 16 e 17 anos, sofreu redução de 5.71% em relação ao eleitorado de 2012 nas eleições municipais em todos os municípios paraibanos (223).  O sufrágio eleitoral que se realizará no ano em curso, no dia 02  de outubro, os jovens participarão  apenas em 3,13%  dos 2.889.678 eleitores aptos para o pleito.

    PONTO FINAL.

    Faço minhas as palavras sábias do professor e cientista político Lucio Flávio que aduz: “A crescente  abstenção que vemos hoje no Brasil é reflexo de que á população anseia por mudanças, através de uma reforma politica profunda”.

    JOSE NEURION GOMES

    Contatos: joseneuriongomes@outlook.com


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