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  • Na reta final

    18/07/2016

    Em virtude das grandes tragédias ocorridas, o mês de agosto é cognominado o mês do desgosto. Assistimos de suicídio a renúncia de presidente da república e até mortes de ícones da nossa política. Tivemos o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, a saída meteórica de Jânio Quadros, com sua renúncia, o desastre que levou a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, o adeus do saudoso ex-governador Miguel Arraes do Estado de Pernambuco, que morreu no dia 13 de agosto de 2005 coincidentemente no dia 13 agosto de 2014 morre seu neto Eduardo Campos, vítima de acidente de avião. Na época era candidato à presidência da república.

    OUTRA VEZ O MÊS DE AGOSTO

    Para o próximo está previsto o desfecho final do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A primeira etapa já foi definida na Câmara Federal onde ela foi derrotada na comissão especial e no plenário, com grande maioria. O processo foi enviado ao Congresso Nacional. Seu presidente o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) instalou a comissão especial do impeachment tendo sido escolhido para presidente o senador paraibano Raimundo Lira (PMDB-PB) e como relator o senador Antônio Anastasia (PSDB-SE). Na primeira votação da comissão, por 15 votos a cinco os senadores  aprovaram o parecer do relator que pedia abertura do processo. Já no plenário o relatório precisava apenas de maioria simples (metade dos presentes mais um). Dessa forma foi acatada a decisão para abrir o processo do impeachment com o placar de 55 a favor e 22 contra, com dois ausentes.   Agora, após receber as alegações finais da defesa e da acusação o relator enviará sua peça acusatória, para ser lida em plenário no dia 2 de agosto e no dia 4 será posto em votação, se não alterarem o calendário (como é de praxe). O processo do impeachment é muito lento e cansativo. O julgamento final será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) atualmente Ricardo Levandowshi. Sua provação depende da anuência de dois terços, ou seja, 54 dos 81 senadores. Seu término está previsto para os dias 25 e 26 de agosto do ano corrente. Caso a presidente seja derrotada, ficará por oito  anos inelegível e Michel Temer assumirá a presidência da república  em definitivo até a posse do novo presidente eleito  que  ocorrerá em 2019.

    PONTO FINAL

    Esperamos que a decisão dos congressistas seja coerente com os anseios da população, que clama por um país melhor, saindo desta crise desconfortável e que o mês de agosto não nos venha mais com suas surpresas desagradáveis.

    JOSE NEURION GOMES

    Contatos: joseneuriongomes@outlook.com 

     


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