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  • Arrumação do governo

    01/06/2016

    Os primeiros dias do governo interino de Michel Temer foram tumultuados  e marcados por criticas, anúncios polêmicos, protestos, ameaças de retrocessos nas politicas sociais, extinção de ministérios, gafes,  deslizes desnecessários e atrapalhadas dos seus novos ministros. A primeira crítica está relacionada, com a exclusão do sexo feminino participando da sua equipe, fato este que não ocorria desde o governo do Presidente Ernesto Geisel, época ditatorial. Outra foi à transformação do Ministério da Cultura em Secretaria ligada ao Ministério da Educação. Houve protestos em diversos pontos das capitais brasileiras, pedindo o retorno do MIC e a saída de Temer. Diante da repercussão negativa o governo recuou e convidou um elenco de mulheres ligadas com a política cultural, todas recusaram o convite sob a alegação de não confiarem neste governo interino. Foi então nomeado o Advogado Marcelo Calero para assumir o Ministério da Cultura. Para fazer as pazes com a mulherada, nomeou a Economista Maria Bastos Marques para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), executiva de 59 anos que será a primeira mulher a assumir o cargo. O banco deve passar por mudanças. Atualmente ele está atuando como um agente político e não social.

    EQUIPE ECONÔMICA

    O presidente em exercício escolheu os seguintes nomes   para compor sua equipe econômica:  Henriques Meireles para o  Ministério da Fazenda, o novo dirigente do BNDES já citado acima, no Banco Central Ilan Goldfajn, economista chefe do Itaú e que trás no currículo sua experiência no Fundo Monetário  Internacional e para a  Petrobras foi convidado  Pedro Parente, que foi ministro no governo FHC, formando a melhor equipe possível para enfrentar esta crise herdada dos seus antecessores.

    PRIMEIRA CRISE

    A primeira baixa do governo de Michel Temer se deu com a exoneração do Ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR). A causa de sua saída deveu-se ao vazamento de uma conversa entre ele e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, na qual Jucá articula como deter a operação Lava Jato, considerado como obstrução de justiça, fato ocorrido com o ex-senador Delcidio Amaral que foi preso e depois cassado. Temer perdeu uma peça chave de seu governo. Era um articulador. Deve-se a ele a elaboração dos estudos da Meta Fiscal aprovada quarta feira (25) no Senado Federal no valor de 175,5 bilhões de reais, dando, assim ao governo, um alívio em suas contas públicas. Recentemente o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Marcos Aurélio, autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Romero Jucá.

    OPINIÃO

     O erro de Temer foi não ter ouvido a opinião pública e até de alguns assessores ligados a ele, que no seu governo, sua equipe teria de ser composta de pessoas com ficha limpa e sem problema com a justiça. Ainda é tempo de se fazer algumas correções passando um pente fino em toda equipe. Quem sabe se não terá algum Jucá escondido. O tempo dirá.


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