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  • Administrar entulhos

    11/01/2016

             Sou leitor assíduo do jornalista Fernando Attuch, da Revisa Isto É. No artigo desta semana ele faz uma análise abalizada sobre a crise que o País está enfrentando.  Sabemos que esta estabilidade além de econômica é também política. Segundo o articulista “já é praticamente consensual a visão de que a crise politica responde por boa parte da recessão enfrentada pelo país em 2015”.

    Isto é tão verdade, que após as eleições de 2014, o Brasil está parado assistindo esta luta desenfreada entre dois poderes: o judiciário e o legislativo.  Tudo leva crer que este embate vai ser decidido no tapetão com o impeachment ou cassação da presidente Dilma e provavelmente um terceiro turno com novas eleições. Com a palavra os senhores analistas políticos de plantão.

    A crise política é caracterizada justamente quando ocorre uma ruptura nas decisões sobre determinadas áreas. O poder legislativo, composto do Congresso e Câmara Federal ambos tem a responsabilidade de criar leis, emendas a constituição e aprovar ou rejeitar projetos inclusive as famosas Medidas Provisórias (MP) advindos do Poder Executivo. Este tem a função primordial de executar e programar as normas criadas. O imbróglio acontece quando a tomada de decisões racha o Congresso entre os parlamentares da base governista e os contrários ao governo. Tudo isto está acontecendo. A presidente não se entende com sua maior base aliada o PMDB. A Câmara Federal, presidida pelo seu algoz, deputado Eduardo Cunha chegou a engavetar a pauta evitando a aprovação de  propostas do interesse do governo.

     

    CONCLUSÃO

     

    Esta crise política reflete o esgotamento desse modelo ultrapassado que a sociedade pede em suas manifestações. O Congresso acaba de aprovar uma mine-reforma politica contaminada com interesses mesquinhos e ambições pessoais. A população está atenta ao comportamento desses parlamentares que advoga em causa própria. O troco virá nas próximas eleições. Entrevejo que não é mais viável levar adiante essa velha política. O governo está correndo o risco de não ter condições de administrar os entulhos que ele mesmo produziu.


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