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  • Queda de braço

    14/12/2015

              “Começo meu artigo de hoje citando uma frase histórica da Ministra Carmem Lúcia do Superior Tribunal Federal (STF), pronunciada em uma das sessões do pleno, que aduz: Houve um momento em que a maioria de nós acreditou que a esperança tinha vencido o medo. Depois descobrimos que o cinismo tinha vencido a esperança. Agora o escarnio venceu o cinismo. Mas o crime não vencerá a justiça”.

    Confesso que esta citação me tocou profundamente e me faz acreditar que meu país não está adormecido. Está muito vivo, esperançoso que tudo vai melhorar e que vamos voltar a crescer dando um basta nesta corrupção que o corrói compulsivamente.

    Tenho fé em instituições como, Controladoria Geral da União CGU), Supremo Tribunal Federal (STF),  Procuradoria Geral da República (PGR) e o Ministério Público Federal ( MPF) que estão atentas, visualizando diretamente os parlamentares que se escoram no foro privilegiado para perpetuar crimes a toda sorte.

    Para atender as conveniências própria de nossos políticos,  no Brasil tudo é possível, mas dessa vez  o tiro saiu pela culatra. Como poderíamos imaginar que um Senador da República, no exercício pleno de seu mandato, iria tramar uma fuga de um criminoso confesso da Operação Lava Jato, que havia firmado com o Ministério Publico uma delação premiada e já estava preso?

    O Senador Delcidio do Amaral (PT-MS), foi preso dia 25 novembro passado, flagrado por tratativas para tirar do país, o ex Diretor Internacional da Petrobras Nestor Ceveró. Foram presos, o advogado do esquema, André Ribeiro e o banqueiro André Esteves diretor do BTG Pactual, que iria financiar toda a operação, incluindo despesas financeiras para a família de Nestor.

     

     

     

    EXPECTATIVA

     

    Enquanto isso, a nossa presidente e o presidente da Câmara Federal estão entregues nas mãos dos nossos parlamentares. A primeira enfrenta o pedido de impeachment acatado por Eduardo Cunha, que já escolheu os membros da Comissão composta de 65 deputados de diferente partidos. Numa sessão acirrada e tumultuada o governo foi derrotado. Mas, analisando uma ação do partido PC do B, o Ministro do Supremo Luis Edson Fachin suspendeu, na noite da terça feira (8),  o andamento do processo de impeachment da Dilma Rousseff na câmara dos deputados, até o julgamento pelo plenário no próximo dia 16 que vai avaliar ações de governistas que questionam o início do pedido de afastamento da petista na casa. Na decisão o ministro ressalta que a votação será aberta.

    Na Câmara Federal, no caso do  pedido de cassação do presidente da casa, ninguém se entende. O próprio presidente vem dificultando as ações do presidente da Comissão de Ética tendo até substituído o relator, deputado do (PRB-RJ) Fausto Pinato. O Presidente do Conselho de Ética Jose Carlos Araújo (PSD-BA) escolheu o deputado Marcos Rogerio (PDT-RO) como novo relator do processo de Eduardo Cunha. A substituição do novo relator faz parte de mais uma manobra de Cunha para protelar a tramitação do processo contra ele.

    CONCLUSÃO

    O Brasil tende a melhorar agora.  Vamos sair dessa paralisia com a abertura do processo de impeachment da presidente.  As lideranças políticas empresariais e sociais precisam selar um pacto nacional que resgate a credibilidade e retome os investimentos. Neste momento a mobilização popular será o fiel da balança para resgate do tempo perdido. 


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