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  • Mandato sob ameaça

    31/07/2015

     Com o desemprego em alta, inflação sem controle, uma sucessão de escândalos de corrupção e a incapacidade do governo para resolver a crise do País, a sociedade de um modo geral insatisfeita com os acontecimentos, não aguentando mais a pressão está exigindo mudanças já. As pesquisas demarcaram na semana passada os implacáveis percentuais de 7% de apoio da população ao governo, talvez o menor da história da República. O descontentamento corre solto nas filas de banco, supermercados, nas ruas e praças com o povo reclamando dos preços das mercadorias, aumento nas contas agua, energia e telefone, impostos e do mau atendimento dos serviços prestados pelo governo. Enquanto isso, a oposição se aproxima dos protestos de rua e vemos crescer no Congresso Nacional o bloco dos partidos que querem o afastamento da presidente. O que pesa mais para nossa mandataria são os inúmeros processos que tramitam nas barras dos órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizador dos gastos do governo e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelas eleições no país e todos os níveis.

     

    DESAFIANDO

     

    Parece que a presidente está completamente fora de si ao afrontar-se com os órgãos fiscalizadores com desafios estarrecedores com equívocos que não foram bem recebidas no TCU e provocaram mal estar entre os aliados do governo. Esse desabafo da Dilma bem como o seu tom de voz, em vez de dissiparem as nuvens pesadas que rondavam o planalto e reanimar a base aliada, turbinaram ainda mais as conversas sobre o seu afastamento e aprofundaram a crise. O clima no Planalto já era dos piores frente a iminente divulgação do relatório do TCU avaliando as notórias e ilegais pedaladas no orçamento federal que podem servir de base para abertura de um processo de impeachment.

     

    FINAL

     

    O TCU deu um prazo de 30 dias para a Dilma esclarecer os indícios de irregularidades do seu governo entre elas as fiscais que, segundo o Órgão,  40 bilhões de reais estiveram envolvidos nessas manobras entre os anos de 2012 e 2014. E como não era de se esperar, pelo menos foi surpresa para mim, o Superior Tribunal Eleitoral Federal (STE), por unanimidade aprovou as contas das eleições passadas da presidente Dilma. Um pleito eivado de crimes eleitorais como: falcatruas, compra de votos, negociatas e contribuições ilícitas para a campanha e outros do mesmo naipe que envergonharam o país. Participaram da sessão como relator o Ministro Gilmar Mendes e na Presidência o Ministro Dias Toffoli. Todos os ministros que compõem a Alta Corte são cria do Partido dos Trabalhadores (PT).

    Assim sendo, cai por terra uma das cartas do baralho que as oposições possuíam para derrubar este governo desastroso. Mas as oposições não param por aí e esperam o desfecho final na reprovação das contas desse governo pelo TCU, cuja análise encontra-se nas mãos do ministro Relator pernambucano Augusto Nandes. O Ministro apontou que a presidente Dilma desrespeitou a lei de responsabilidade fiscal ao usar recursos de banco público para pagar despesas do governo A possível rejeição das contas do governo pelo tribunal pode levar a abertura de um processo de impeachment contra a Dilma. Caso isto aconteça o assunto seguirá para analise do Congresso Nacional.

     

    JOSE NEURION GOMES – Auditor Fiscal

    joseneuriongomes@outlook.com: contatos.  


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