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  • Semana de turbulência

    18/05/2015

     A semana que se encerrou não foi das melhores para o prefeito Luciano Cartaxo, do PT. Foi logo de cara ‘somando um desfalque‘ importante para seu ambicioso projeto de reeleição: é que o governador Ricardo Coutinho, do PSB, declarou que não tem mais compromisso com o PT para 2016. A parceria feita no pleito passado não vale para as próximas eleições. Seu grupo apoiou o irmão do prefeito para o Senado em troca do apoio à sua candidatura ao governo. “O jogo, portanto, está zerado”, disse Coutinho. Em outras palavras, o PSB terá candidatura própria à prefeitura de João Pessoa.

    As declarações do Mago devem ter azucrinado o juízo do prefeito, que, aliás, ultimamente não anda com um astral do melhores. As dívidas administrativas se avolumam, os recursos ‘desapareceram’ como num toque de mágica após o pleito de 2014; o governo da presidente Dilma, que tem Cartaxo como um aliado e ferrenho admirador, tende a ser tragado pela revolta popular e o frágil e inconfiável respaldo político no Congresso e ele, ao contrário do rei Midas que transformava tudo que tocava em ouro, vem transformando a cidade num verdadeiro cenário de destruição, de abandono, como se uma tsunami ou um terremoto castigasse permanentemente a Capital do Estado de maneira violenta e impiedosa.

    Se já contabiliza para 2016 essa baixa política do PSB, administrativamente ele já experimentou a concretização de uma na sexta feira, 15, com a saída do vereador Bruno Farias (PPS) da Secretaria de Turismo, inexplicavelmente esvaziada financeiramente pela administração Cartaxo. Enquanto a maioria dos estados brasileiros aposta no Turismo como um porto seguro para alavancar recursos para robustecer sua economia, o governo do PT caminha na contramão e desprestigia e desvaloriza ferramenta das mais poderosas, sobretudo num momento de turbulências que o País enfrenta. Bruno saiu, retornou à Câmara Municipal e deve exercer uma ação legislativa independente, em razão até da ‘leviandade’ com que o prefeito se comportou ao ser informado de sua saída.

    Para coroar a desastrosa semana, Luciano determinou ao secretário de Desenvolvimento Urbano, Hildevânio Macedo, a retirada, através da força bruta, de pequenos comerciantes que comercializam suas mercadorias nos arredores do Mercado Central, numa ação truculenta, desnecessária e incompreensível. O que a Prefeitura deveria fazer, na verdade, era retirar os ambulantes do centro da cidade e alojá-los exatamente nas proximidades dos mercados públicos, concentrando todos em um ponto de referência. Essa ação inconsequente da PMJP tende a desencadear uma onda de protestos e revolta pelas ruas da cidade. Ou seja, mais uma semana de turbulência no caminho do petista. 


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