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  • Personalismo da desconfiança

    11/04/2015

     Em uma volta de 360 graus, esta narração sutil é extensiva ao estilo da obra do escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna, vai mais além, configura um perfil abrangente da nova sociedade e os deslocamentos de poder, que persistem nas teorias sociais, mas na prática ainda funciona como medievais. Dizia o futurista Beca Lira: “Em Teixeira é tudo ao contrário, quem é certo está errado e quem é errado está certo”. Sofremos um conflito que impede a “igualdade dos cidadãos para contrastar com o princípio da desigualdade de classes” (conforme Marshall. 1967, pág. 64). “Josué derrotou as muralhas”. Viver é lutar!

    Infelizmente enfrento antagônicos que parecem sofrer do deletério de macular. Sou queimado, simplesmente, pelo fato de que não ser ladrão nem corrupto. “Sob pena de morte, a burguesia obriga todas as nações a adotarem o modo burguês. Em uma palavra, cria um mundo à sua imagem e semelhança”, conforme (Marx, s. d. V.1, pág. 25). Todo sistema feudalista demora pouco. Respeitem o Direito dos cidadãos. Sejamos virtuosos!

    De Teixeira-PB para o País, em plena crise de decadência e descrédito, está propagado: “Eu voto é em ladrão que me dá lucro”... “É roubar e dividir o roubo”... Deu no Fantástico da Rede Globo, 16.11.2014: “O dinheiro roubado faz falta a quem mais precisa. Isso tem que acabar”. “Cadê o dinheiro que tava aqui? (g1.com.br). Em xeque uma figura fácil de adivinhar, pela trajetória de incógnitas a ser desvendada. Basta de cartolagem ou ritual de espertão em obras e má aplicação de verbas públicas. Pior é a má qualidade dos serviços.

    Caro leitor, responda as indagações de 1 a 10. Você concorda com as controvérsias e contradições da dominação e exploração exercida pelo capitalismo contemporâneo, em pleno Século XXI, que atropela o Estado Democrático de Direito? Apesar das conquistas sociais e os novos Direitos. Desvende a desconfiança do drama da dura desordem:

    1. Participar na militância ingrata, tortuosa e desacreditada da pornopolítica, para ser maculado, suspeito de pirataria, pousar de comparsa da cambada do malfeito e virar coitero dos atos de cabra ruim, que contraria os princípios de dignidade dos bons costumes, cair na zombaria vulgar sem precedente e de desagregador autoritário?

    2. Perder a vergonha e ficar refém da ascensão moderna da paramoeda do comércio eleitoral, como uma submissão a espera de pseudolíder, ou vilão no drama da distribuição humilhante do dinheiro sujo, que afeta a dignidade da Lei Humana?

    3. É justo cegar da gota serena, se aleijar pelo dinheiro suspeito, mesmo que escorregue de mãos sujas, na busca incansável da materialidade gananciosa e egoísta?

    4. Será que um envelope contendo R$ 100,00 é a garantia de uma vida decente e com segurança econômica, para comprar votos de quem aceita indigência de destituído?

    5. Aceitar se emporcalhar no mar de lama da corrupção, mesmo que seja vítima de acusações inconsistentes e irresponsáveis, de quem quer ser célebre com ofensas, calúnias, palavras maldosas, uso constante do termo pejorativo de “ladrão”, como se a desonestidade seja nobre e grande promoção para erros de acusador astuta?

    6. Calar covardemente diante dos “rolezinhos” de figuras “laranjas” e dos patronos de “empresas de fachadas”, vinculadas a agentes políticos e chamuscados no tráfico de escândalos da classe associada na nobreza esfarrapada, a bordo de um vestido “tomara-que-caia”; que ocorre secreto e contrário a Ordem Jurisdicional, na ideologia inculta onde rola até adultério (traição)?

    7. Aliar-se aos metidos de esperto no “campo do poder político”, apesar do descrédito e isolamento que leva a um gracejo de piada brutal, na perturbação do vício de leiloar votos dos desavisados, sem separar os peixes bons e os peixes maus? Até tu Brutus?

    8. Atentados e ameaças desafiam a sociedade, nos faz desabar no desastre da cultura dos chefes dominadores, de quita categoria e de atitudes desestabilizadoras, com sua confusa postura autoritária, violenta, antiética, imoral e personalidade embaraçada, no ziguezague da queda de popularidade, como apelido, quando pega não saí de moda?

    9. Engolir mosquitos, sapos, elefantes e fazer vistas grossas das maracutaias de aventureiros disfarçados de samarino, para esconder a vaidade de poderoso chefão e “dono da bolacha preta”, mesmo consciente do monopólio da força de grupos políticos que agem com a maior freqüência, em nome dos seus próprios interesses?

    10. Diante da realidade claramente explanada, formule a 10º indagação, dentro do “enredo construído com trechos e mitos de contos populares de constante jogo de palavras e duplos sentidos propositais”, ao estilo Ariano Suassuna. O dilema é seu!...

    O retrocesso democrático da compra de votos nos Sertões dos senhores de eleitores escravos, que corrompem, usa a boa fé do cidadão, depois descarta e joga na sarjeta de mero coletor de lixo, sem o menor respeito à dignidade do ser humano. “Os protestos das classes inferiores parecem objetivar o estabelecimento da cidadania dos trabalhadores. Aqueles que contribuem para a riqueza e o bem-estar de seu país têm o direito de serem ouvidos em seus conselhos nacionais, e estão habilitados a uma posição que imponha respeito” (conforme Bendix, 1996, pág. 103). Vamos banir os cartéis? É nosso dever vigiar!

    Dir-vos-ei, pois, que é pura selvageria a tentativa da marginalização pela banda podre da política, com licença da palavra. Dar-me-ei por satisfeito contribuir no combate veemente a essa praga da corrupção. Não a burguesia fajuta que tenta moldar à sociedade ao estilo da civilização do Ocidente e Oriente Médio. Basta de exclusão da população pauperizada nas contradições da política dos individualistas, na dominação e exploração exercida pelo capitalismo idolatrado! Avante os protestos de massa. Povo nas Ruas!... Eis o desafio...


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