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  • Corrupção

    30/03/2015

     Certa vez, aí pelos anos 80, o ex-seminarista Edvaldo Guedes, convocou inúmeros biriteiros e criou o AA – Alcoólicos Anônimos na cidade de Teixeira-PB. Ao iniciar a reunião fez suas explanações preliminares e tratou de um assunto polêmico difícil de ser acatado por alguns, devido à reputação dos homens daquela época, que chiaram à beça.

    No momento que todos estavam atentos ao dirigente da palestra, ele falou do perigo de beber e se embriagar, tendo em vista os transtornos de uma trinca que atuava na cidade, pegava os bêbedos, tirava-lhes as roubas e tchan. Ou seja: disse que “aquilo de bêbado não tinha dono”. Dá pra tu?

    Daí foi quando o clima esquentou. O participante e ouvinte, saudoso Mano Cassiano – o Xará, se levantou, ergue o dedo e disse. “Êpa Xará, no meu não! No meu não!” E acrescentou: “Essa proposta não dá pra mim não!” “Vá prá lá!” “Tou fora”! E retirou-se. Quase que a reunião foi encerrada com a acirrada discussão de Nestor Medalha com Zé de Lino, por o segundo apontar o primeiro como vítima da trinca. Daí Nestor bateu de mão a uma faca e disse: “no meu boga não, pode ter ido no seu”.

    Agora, vem essa cultura da corrupção ser implantada na nossa tradicional Terra do Cônego Bernardo, com a propagação de uma maldita proposta promiscua: “Eu voto em ladrão que me dá lucro”. ”É roubar e dividir o roubo”. Tão nociva e degradante quanto à medíocre, de que: “aquilo de bêbado não tem dono”. Aderir a essa sacanagem, se fosse naquela época, era pior do que arriar as calças, ficar de quatro e oferecer o traseiro, não?

    Já declarei várias vezes, reafirmando que sou queimado na minha cidade, pelo fato de não ser ladrão nem corrupto. Por isso, depois da mensagem do Papa Francisco, que fez duras críticas, e disse: ”A Corrupção é porcaria e fede”. “Quem permite a corrupção não é Cristão”. Os algozes podem continuar revoltados, pela certeza de que sou vacinado contra essa safadeza e vou manter minha linha no combate a roubalheira.


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