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  • Discurso obsoleto

    16/02/2015

     Acompanhei dia 12.02.2015, através da Rádio Comunitária Teixeira FM, Sessão Solene da Câmara Municipal, posse do 1º suplente da sua coligação, vereador substituto João Batista Filho, o Leloinha (PMDB), Foi tudo bem planejado, conforme ampla divulgação, anunciado no Jornal 104 Notícias da Emissora e redes sociais. Compareceu o Sr. prefeito, vice-prefeito, 1ª dama, secretários municipais e convidados. Faltou o povão e vozes da campanha de 2012, do nível de Zé Mário, Elenildo e Valone, mas esse detalhe: “deixe para lá”, na incerteza do futuro político. Para que você leitor sinta a desmotivação de um lado. 

    Aberta a palavra, após o pronunciamento do empossado, oradores fizeram uso da Tribuna e deram exemplo de desespecialização nos problemas sociais vividos atualmente pela comunidade. Deixaram de reconhecer a situação vexatória que atravessa os municípios brasileiros, notadamente aqueles pequenos e mais sofridos, os mais pobres como o nosso, por conta da redução das cotas do FPM e enfrentamento das dificuldades de repasses dos recursos extra-orçamentários. Pura falta de compromisso com a realidade?!

    Parece maravilhoso, o que os municípios sofrem com a queda e diminuição das receitas? Nem o próprio prefeito reclamou dos efeitos perversos que oprime na grave questão da insuficiência de dinheiro, os cortes dos benefícios sócias, aumento das taxas públicas, impostos e os preços, inclusive dos gastos de manutenção da máquina administrativa.

    Chamou atenção à conservação das críticas ao passado, sem que assessores e aliados do governo municipal tivessem aproveitado o momento para apresentar resultados alcançados pela “mudança”. Como quem assume o rótulo de permanente oposição das administrações municipais, inclusive da atual. A parceria do ex-secretário e vereador que assume, não conseguiu a bola de cristal para tirar a Pasta da Educação de indecisão, nem sair do desbloqueio desde a saída da ex-secretária Maria da Paz (1ª gestão e implantação do FUNDEF). Depois do FUNDEB e outros programas federais: o IDEB piorou? 

    Registrada as ausências de 3 vereadores. Não entendi porque os políticos presentes, não aproveitaram para atingiram um grande marco da nova realidade, que sufoca a gestão pública. Sequer convocaram a população para a mobilização que aguarda a presença dos “caras-pintada” nas ruas. Perderam a oportunidade impar de colocar os pés no chão, encaixar idéias fundamentais nas suas argumentações e convencer nos discursos. Deu a entender que era tudo supersimbólico e criado para o forte interesse do jogo político, foram palavras desconectadas, fora de moda, sem temperança e longe do senso da realidade.

    Curioso foi o desvio do foco de problemas locais e Nacional, pelo espantoso e retrocedente tema de “volta da Ditadura”, como uma espécie de estonteamento arquitetado para radicalizar contra a provável derrubada do atual Governo. Oradores não falaram da nova prática da criação de riqueza, nem da corrupção que estoura a cada nova reportagem dos meios de comunicação. Alguns apostam no acirramento do debate e que as palavras do vereador consigam pintar o quadro imaginário, de atrativos e espetáculos para a torcida. 

    Pessoas consultadas sobre os discursos interpretaram como um Comício. Vamos por parte repensar profundamente os pressupostos da linha de discurso obsoleto que não se rarefaz mais em tempos de decadência e descrédito, do papel desequilibrado de lideranças política antiquado, que dá um embrulho no estomago. Vivemos uma época de turbulência na ordem do dia-a-dia, que evolui em condições caóticas, com a nova conduta e postura dos homens públicos que adotam o novo sistema de enriquecimento a qualquer custo, com a prática indesejável da praga da corrupção. Atentem para o desprezo aos notáveis!

    Para concluir, afirmo que a Ditadura de 1964 não passou por aqui. De uma vez que Nossa Terra Teixeira, tinha o líder Cel Zé Lira, que mesmo sendo adversário do Golpe Militar, não permitiu engolir o sistema de repressão das oligarquias daquela época. Uma façanha que merece ser relembrada e que ficou registrada nos anais da Paraíba, foi à atitude corajosa de Zé Lira, em ir ao Quartel General do 4º Exército no Recife resgatar Antonio Mariz e Jório de Lira Machado, presos pela Ditadura. Porém saiu de lá com Mariz e a garantia da liberação de Jório, sem que ninguém tocasse em um fio de cabelo do seu primo.


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