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  • Empresas camaleão

    04/01/2015

     Será que um dia uma futura administração da Prefeitura desista de errar e tirar o mau hábito de contratar com esperto que batiza empresas-camaleão para contratar com o serviço público, as quais mudam de donos, de nomes, de endereços, tem contas secretas, tentam apagar o rastro para escapar do fisco e do não cumprimento das obrigações previdenciárias e trabalhistas? São tantas “mudanças” e dissimulações, no jogo de gato e rato, como réptil que praticam o mimetismo e camufla-se para escapar dos caçadores. Mudam os sócios, mas o modo de agir é sempre o mesmo, com o dinheiro público saindo pelas portas dos fundos, ou pelo ralo do poder político, ajudado por uma máfia.

    Quem é o patrão que está no comanda do dinheiro e da execução dos trabalhos? Mas o mundo é mesmo pequeno que, infelizmente, ocorre uma morte drástica de um funcionário, para que as investigações se aprofundem e achar o fio da meada. Assim os poderes constituídos, Instituições e a sociedade podem apurar e entender como funciona a farsa das empresas de fachadas e prestadoras de serviços na Administração Pública, que na sua maioria existem para nos iludir. Mesmo que seja fantasma, o CNPJ e contrato são suficientes para se chegar aos responsáveis. No esforço de apagar as pegadas, a dança dos nomes inclui a camuflagem de nomes de parentes e amigos como sócios – “laranjas”.

    Qualquer cidadão pode anonimamente ir ao Ministério Público e pedir providências cabíveis, mantendo o sigilo da sua identidade. Pois envolve dinheiro público, é interesse difuso e coletivo. Emissoras de Rádios, Televisões e Redes sociais mostraram o que foi público e notório: uma pessoa morta por atropelamento de uma Caçamba do lixo na véspera do Natal, em Teixeira-PB, precisamente no final da manhã e início da tarde do dia 23.12.2014, no pátio do Posto Pedra do Galo. Pense numa enrascada danada!...

    É isso o que oculta o conceito de luta de classes, numa inversão do Capitalismo selvagem que se manifesta nas relações de dominação e exploração de uma classe por outra. Onde está à teórica noção político-ideológica de direito? Estão aí os padrões de nova civilização construídos e impostos pelos “patrões”, em contradição aos direitos de cidadania que se associam ao bem-estar econômico-financeiro dos exploradores. Tão combatido nos protestos de luta reivindicativa aos Governos Federal, Estado e Municipal, nos movimentos que levam o povo as manifestações de ruas e amplia a participação política da cidadania.

    Quando é que poderá ser tirado da administração o ardil da transmutação do círculo de monopólio e proteção pelo governante, dentro do seu entorno de amigos do peito vinculado à trincheira da gestão pública? Virou vício, no mínimo, alienar as “classes inferiores, baixas, operária ou trabalhadora”, em ralação aos seus direitos de cidadania plena?! O que acontece por causa do “atraso democrático” presente na comunidade cívica, sem nenhuma garantia da cidadania (segundo Bendix). É pura materialidade perversa.

    Em 09.12.2014, dia Internacional do combate a corrupção, publiquei um artigo: Terceirização no serviço público - prática que pode ser lesiva. Onde destaquei: “Apesar da motivação ao comprometimento dos lotados na coleta de lixo em Caçambas do MDA / PRONAF, verdadeiros heróis das ruas”. “Qual a política de Recursos Humanos das empresas contratadas por prefeituras?” “Porém, se a gestão pública não tem padrões pré-estabelecidos, o que dizer das empresas de fachadas, com endereços falsos, em nomes de “laranjas” e tendo agentes políticos ocultos como verdadeiros donos (patronos), ou operadores que comandam e na realidade podem influenciar na prática de lavagem de dinheiro, sem falar na inadimplência e impedimento de contratar com o serviço público. Se puxar o fio da meada, são imprevisíveis as descobertas do malfeito”. A que ponto chegou?!

    Pior é que espertos compram com dinheiro sujo até a mãe de pantaia. Daí a necessidade de apontar a direção da desigualdade social, humana básica, dentro da liberdade individual e soberania do bem comum a todos, especialmente os mais carentes. Vá pra lá, com a Assistência Social, somente do funeral e pronto. Que tal, em solidariedade a vítima, algum agente social fazer visitas a DRT, TRT (Junta trabalhista), Instituições de Controle, Acompanhamento e Fiscalização? Questionem as práticas ilícitas com o dinheiro público. Vamos dar um basta nas ameaças de rufiões que tentam intimidar com capangas e pistola!


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