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  • 30.04.2019 - 07:15

    Terror, apreensão, incerteza, medo: Operação Calvário pode aterrar o jardim girassol


    Terror, apreensão, incerteza, medo. Esse é basicamente o clima vivido atualmente pelos integrantes do jardim girassol que representa a base do grupo político do governador João Azevedo e do ex-governador Ricardo Coutinho, ambos do PSB.

    A Operação Calvário surgiu com uma lâmina afiada para por abaixo a mais fértil e adubada espécie da Helianthus annus, conhecida por Livânia Farias, ex-secretária poderosa no governo Ricardo Coutinho, que acabou presa e recentemente posta em liberdade- com sérias medidas restritivas - após aceitar a proposta de delação.

    Estava decretado o início do inferno astral de um governo com pouco mais de 100 dias de poder e de outro com oito anos de pregação insistente de idoneidade inquestionável, apesar de abraçar fervorosamente a defesa do ex-presidente Lula, tido como chefe de uma das mais organizadas quadrilhas na política brasileira.

    O que vem pela frente com novas investigações da Operação Calvário não se sabe, mas de uma coisa ninguém duvida: haverá prisões, deserções, rompimento político, novas denúncias, enfim, como bem avalia o jornalista Lelo Cavalcante, responsável pelo portal JAMPANEWS, cujo teor o MOMENTOPB transcreve abaixo na íntegra:

     

    Investigações da Operação Calvário podem afastar João e Ricardo e alterar a composição da AL

     

    “Há um clima de expectativa de apreensão e quase terror dentro do esquema político comandado pelo ex-governador Ricardo Coutinho arrastado ao descrédito por um turbilhão de denúncias, que culminaram em prisões, e cujo desenrolar das investigações sugere que outras acontecerão a qualquer tempo, o que torna mais tenso e difícil a relação entre o Governo que findou e o que esperneia para começar impedido pelos tsunamis que a Operação Calvário tem provocado e que ameaçam destruir o plantio de girassol tão laboriosamente cultivado por oito longos anos.Por ironia do destino ninguém é mais ameaçador para João do que Ricardo cuja herança de escândalos – se é que as prisões constituem escândalos para o Coletivo – tem contaminado um projeto de continuidade que não consegue fazer prevalecer o que foi construído de bom para o paraibano em razão dos estrondos provocados pelas investigações conduzidas com rigor pelo MP do Rio de Janeiro, onde a influência do ex-governador é nenhuma, o que faz com que os fatos venham sendo desvendados com a impetuosidade de uma cachoeira.

     

    Essa herança, que agora se mostra maldita pela contaminação virulenta, podia ter sido rejeitada quando da posse e do tempo de formar uma equipe cujos membros apresentassem aquela virtude cobrada à mulher de César o de parecer honesta e não apenas honesta oportunidade que foi desperdiçada e que pela repercussão negativa, agora envolve o governador empossado em um mundo de suspeitas e num inferno de provocações, quase todas de autoria do que existe de mais desqualificado em termos de política e de reputação muito mais fruto do ódio, do despeito e do rancor do que dos princípios que regem a moralidade.

     

    Por tudo o que foi revelado já não parece tão fácil dar as mãos no momento em que o abismo se abre a frente convidando a todos mergulhar em suas profundezas de onde ninguém sobreviverá caso estejam dispostos pular em solidariedade ao que tem sido revelado pela Operação Calvário gesto de heroísmo inútil e que se não for reconsiderado terá como resultado o fim do projeto socialista bastante ameaçado na sua continuidade caso as denúncias escoem para a Justiça Eleitoral como parece ser inevitável abrindo outra fenda tão profunda como a de agora porque provocará uma mutação capaz de alterar radicalmente a paisagem politica do estado através de novas eleições e de um novo embate eleitoral onde aquele discurso em defesa da moralidade e de novos costumes na política, não terá o mesmo efeito.

     

    Por mais doloroso e ingrato que possa parecer só restará a João Azevedo a decisão de se apartar do padrinho para que não pereçam juntos, para que não morram abraçados e, para isso terá que fazer mudanças radicais na sua equipe de Governo de tal forma que, o que restar adquira seu perfil e não se sinta atraído despachar em hangares, em encontros suspeitos, onde a impressão de que não houve alteração no Poder fica evidente e constrangedora.

     

    De tal forma agravou-se a situação em decorrência da hesitação em amputar as partes gangrenadas que as colaborações apontam para o envolvimento de deputados, o que pode provocar alterações também no Legislativo, onde uma dúzia de parlamentares também estaria envolvida nas falcatruas da Operação Calvário, outro pandemônio que pode atingir muita gente de situação e oposição, porque essa turma na hora de se locupletar não tem partido.

     

    É incerto o cenário político, e essa aflição envolve muitos, inclusive os que disparam valentia e moralidade; alguns encobertos por um véu de suspeitas que selevantado pode mostrar a face oculta filmada em vaquejadas na companhia de notórios capangas”.