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  • 16.08.2019 - 06:30

    PSB paraibano pode ser despedaço pela ambição política do ex-governador


    Está se revelando um desastre à tentativa do ex-governador Ricardo Coutinho de sabotar a presidência do PSB, retirando, através de um golpe branco, o comando da legenda das mãos do seu antigo braço direito, Edvaldo Rosas, provando que, não só à direita, mas também a esquerda sabe atentar contra a democracia.

    Inconformado com a ida do companheiro de partido e de jornadas para um posto de relevância no Governo do ex-pupilo e auxiliar João Azevedo, Ricardo afia as garras e mostra que aplicar rasteiras não é uma prerrogativa das forças ditas reacionárias, contumazes nos dribles legais para controlar a política ainda que partidária.

    Agindo dessa maneira, vil e rasteira, Ricardo corrobora tudo o que foi despejado em Lula, porque demonstra que não sabe viver com o contraditório e só entende o poder estando em suas mãos, como tentou fazer com essa conversa mole de continuidade algo que nunca deu certo em lugar nenhum do mundo como não deu aqui porque dois corpos não ocupam o mesmo espaço.

    Depois de surpreendido pelos políticos profissionais, como Adriano Galdino e Genival Matias, duas cobras criadas nas caatingas do sertão, ao boicotarem seus planos de também dominar a Assembleia achando que já havia dominado o Executivo com a eleição de João Azevedo, o Mago descobriu que o céu não é perto e viu suas projeções de poder despencar ladeira abaixo.

    Uma espécie de linha Maginot foi montada entre o Palácio e a Assembleia e os planos de expansão do ex-governador esbarraram nessa resistência sinalizando claramente que seu governo havia sido encerrado em 31de dezembro do ano passado e que a caneta e o diário haviam sido transferidos para outras mãos.

    Engessado por uma equipe disposta dar continuidade a um governo legalmente encerrado João patinou por longos dias vendo sua autoridade consumida aos poucos nos encontros fortuitos em hangares, onde alguns se reuniam para despachar com que já não tinha o direito de despachar.

    Foram ações como essa e a arrogância de quem se acreditava dono do partido e do poder e consequentemente do estado, repetindo o que as oligarquias fizeram por muito tempo, que levaram ao racha interno dando origem a resistência legitima dos que deram sua contribuição extremada para o sucesso de um determinado projeto, cujos desdobramentos todos reconhecem foram redentores, mas que pertence ao povo paraibano e não a pessoas ou grupos como acreditam uma meia dúzia de obscuras personalidades.

    Ao hostilizar companheiro com a história de lealdade e dedicação como Edvaldo Rosas, Ricardo conseguiu a unanimidade, bem diferente da concitação feita por Adriano em torno de João Azevedo e que marcou o começo da diáspora socialista concretizada nos pedidos de exoneração de auxiliares como Luiz Torres e Sebastião Lucena, que não deixaram vencer o prazo de validade.

    O que se tem visto na mídia principalmente são manifestações de apoio ao presidente do partido muitas delas saindo do terreiro inimigo, o que significa dizer que Ricardo ao perder a caneta e o diário perdeu junto o respeito da classe política e caso não consiga convencer os socialistas renunciarem aos cargos no diretório estadual dificilmente sobreviverá na aldeia.

    Despido do cetro, do manto e do trono, Ricardo descobre de forma amarga que construiu pouca coisa em termos de solidariedade e que plantou mais vento do que brisa, e agora começa colher tempestades.

    Nem os velhos companheiros de outrora, que batiam continência e faziam tremer o assoalho com o barulho dos coturnos se mostram dispostos a acompanha-lo como fizeram Torres e Lucena, preferindo o aconchego do poder de que o descampado das calçadas.

    (Jampanews)