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Notícia > Brasil

  • 15.08.2020 - 10:32

    Em delação premiada, doleiro Dario Messer diz que repassava dólares para a Globo


    O doleiro dos doleiros colocou a Globo em xeque O doleiro dos doleiros colocou a Globo em xeque

    Dario Messes, o “doleiro dos doleiros”, afirmou ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que fazia de 2 a 3 repasses mensais à família Marinho, proprietária da Rede Globo. Ele declarou que os valores variavam de US$ 50.000 a US$ 300 mil por remessa. A informação foi divulgada pela revista Veja nesta 6ª feira (14.ago.2020).

    Messer deu o depoimento em 24 de junho. Na última 4ª feira (12.ago), fechou acordo de delação premiada com a Justiça Federal do Estado. Ele é investigado na Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro e outros crimes.

    As transações com os Marinhos, segundo Messer, eram realizadas na sede da emissora na capital fluminense. Um funcionário do doleiro deixava o dinheiro em espécie com 1 empregado da Globo identificado por Messer como José Aleixo.

    Messer afirma que os destinatários do dinheiro eram os irmãos Roberto Irineu (presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo). Ele, no entanto, não apresentou provas e disse que nunca teve contato direto com os donos da Rede Globo.

    Os repasses teriam começado no início dos anos 90, por meio de Celso Barizon –indicado por Messer como o gerente da conta dos Marinhos no banco Safra de Nova York. A família depositaria os valores recebidos em espécie para Messer no exterior, por meio da conta gerenciada por Barizon.

    Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negaram as acusações.

    Leia a nota encaminhada à Veja pela assessoria dos irmãos:

    “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, viemos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades.” (Poder360)