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24.01.2024 - 05:58
Conselheiro do TCE-RJ é apontado como mandante do crime de Marielle; PT defende o acusado
Brazão foi acusado em delação feita na Polícia FederalRonnie Lessa, ex-policial militar reformado, acusado de ass@ssinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em 2018, apontou Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como um dos mandantes do atentado. Esta informação foi divulgada pelo site Intercept Brasil, que citou fontes ligadas à investigação.
Lessa, preso desde março de 2019, firmou um acordo de delação com a Polícia Federal (PF) na semana passada. A validade da delação ainda depende de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), tendo em vista o foro privilegiado de Brazão como conselheiro do TCE-RJ.
BRAZÃO SE DEFENDE
Brazão expressou sua crença de que ninguém se beneficiou mais com o assassinato de Marielle do que o próprio PSol, partido ao qual a vereadora era filiada.
“Acredito que eleitoralmente isso interesse ao PSol. O PSol não faz obra, o PSol não troca lâmpada, o PSol não bota asfalto, o PSol não emprega na prefeitura nem em qualquer lugar. O PSol vive dessas coisas, mas não acredito que chegue a tanto. Eu acho que isso dentro do contexto político, a gente pode fazer um guerrinha. Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSol. Isso é um fato. Não é porque o PSol queira se aproveitar disso. É porque vitimiza e está lá. Não era o PMDB, não era ninguém. Isso é conversa fiada de político que não cola”, disse Brazão durante a entrevista.
PT DEFENDE BRAZÃO
Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e deputado federal, saiu em defesa de Domingos Brazão, citado na delação de Ronnie Lessa como possível mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Brazão, ex-deputado estadual, atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Quaquá duvidou da veracidade das acusações contra Brazão. “Conheço o Domingos Brazão de longa data, inclusive de campanhas eleitorais nacionais onde ele esteve do nosso lado. Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, declarou o dirigente do PT. Ele ressaltou a necessidade de provas concretas para corroborar as alegações feitas na delação de Lessa, questionando a confiabilidade de uma acusação baseada apenas na palavra de um assassino vinculado ao bolsonarismo.
Com HoraBrasília