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  • 17.09.2021 - 17:55

    Bolsonaro, para esse Brasil, nunca poderia ter sido candidato à Presidência em 2018, escreve JR Guzzo


    Em seu artigo publicado na Edição 77 da Revista Oeste, J.R. Guzzo explica que o problema que está causando toda essa desordem nas relações entre os Poderes da República é o fato de que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito em eleições limpas, tem chances objetivas de se reeleger e não é aceito pelo Brasil que manda na máquina do Estado.

    “É uma sinuca de bico. Esse Brasil que quer Bolsonaro fora do Palácio do Planalto, com ou sem a Paulista lotada, não admite um dos mandamentos mais elementares da democracia: para tirar o presidente que você condena, é preciso derrotar sua candidatura na primeira eleição disponível, caso ele seja candidato, e esperar até o último dia do seu mandato para colocar um outro no lugar”, escreve Guzzo.

    Leia outro trecho

    “Bolsonaro, para esse Brasil, nunca poderia ter sido candidato à Presidência em 2018. Tendo sido candidato, não poderia nunca ter ganhado a eleição — mesmo porque não tinha partido, dispunha de tempo zero na televisão e foi excomungado desde o primeiro minuto pela mídia, pelas elites e pelas classes intelectuais, do Brasil e do mundo. Tendo ganhado, não poderia nunca ter tomado posse. Tendo tomado posse, não poderia nunca governar.

    O diabo é que foi acontecendo tudo isso, já se passaram dois anos e meio e ele continua presidente. Pior que tudo, para quem não admite a sua existência na vida política brasileira: pelo que se sabe, Bolsonaro quer continuar sendo presidente do Brasil e conta, para isso, com a reeleição, através das próximas eleições diretas, livres e constitucionais, com voto eletrônico e tudo. Fazer o quê?”

    Revista Oeste

    Além do artigo de J.R. Guzzo, a Edição 77 da Revista Oeste traz reportagens especiais e textos de Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Dagomir Marquezi, Evaristo de Miranda, Pedro Henrique Alves, entre outros.