Página inicial

Notícia > Política

  • 03.05.2019 - 18:14

    Afastamento da mulher de RC foi a senha para a debandada dos seguidores do Mago ainda no Governo


    Para muitos o afastamento da mulher de Ricardo Coutinho da SEFIN foi a senha para a debandada do que existe com DNA político do Mago ainda no Governo de João Azevedo. Uma iniciativa tardia, porém, em tempo haja vista todos os raios e trovões que já desabaram sobre o roçado do governador em exercício e que parece caminhar para a efetividade se outros membros da equipe acompanharem a senhora Coutinho.

    Nada mais devastador para o Governo de João do que a herança deixada por Ricardo cujas raízes estão solidamente fincadas na Cruz que a Operação Calvário desvendou e cujos desdobramentos caminham céleres para a crucificação do homem que ganhou notoriedade apontando o dedo para a falta de compustura dos adversários.

    Circulam pelas redes sociais comentários sobre um recado dado aos correligionários por Ricardo incentivando que todos abandonem o barco de João, sigam o caminho da esposa, para deixar que uma tripulação mais amena, mais sadia moralmente ocupe as vagas até então preenchidas pelo velho coletivo hoje desfolhado e murcho e pronto para sumir nas brumas da história, como que varridos por um vendaval tão devastador que pouca coisa pode restar na lembrança das futuras gerações que não sejam relatos de escândalos e desmandos ironicamente produzidos por um esquema que distribuiu o desenvolvimento e o progresso para as regiões mais distante e aonde nunca havia chegado qualquer benefício numa versão moderna do velho e famoso Robin Hood, aquele que tomava dos ricos para dar aos pobres.

    Se essa orientação foi dada por Ricardo chegou tarde bem depois da porta arrombada quando já é quase impossível separa o joio do trigo e o anátema cruel da corrupção já estigmatizou a todos que direta ou indiretamente fazem parte do Governo de continuidade tão contaminado que não se distingue mais quem é quem nesse turbilhão de suspeitas e acusações.

    Agora não se trata mais de salvar reputações, mas de salvar um projeto que as urnas reconheceram como redentor para um estado que nunca cuidou dos mais desassistidos até que essa figura sombria saída dos subúrbios de Jaguaribe assumisse o leme da política e traçasse um rumo que possibilitou a distribuição mais justa e equitativa das riquezas produzidas num estado sem vocação econômica definida e que nunca havia combatido as desigualdades históricas, inerentes a uma região secularmente carente de justiça social como é o Nordeste e em particular a Paraíba.

    Jogar a carga ao mar quando já se ocupa os escaleres do navio é medida extrema tomada depois que o desastre já se consumou, mas de qualquer forma possibilita que se chegue à praia e dela possa se pensar em novo projeto que refaça ou prossiga com o que foi planejado e bem executado lá trás, sem os erros e os pecados cometidos pelo excesso de soberba tão característica do antigo timoneiro.

    Há de conserva qualquer coisa da velha tripulação, mas a grande maioria jamais devia ter embarcado pelos desatinos e pela incapacidade sobejamente comprovada pelos indicadores e pelos números, mas solenemente ignorados pelo rapaz de Jaguaribe, mesmo reiteradas vezes advertido.

    Que o bom senso tenha prevalecido e fazendo uso dele, Ricardo evite afundar o projeto que concebeu e que tantos resultados positivos apresentaram para os paraibanos sugerindo aos entulhos que deixou para trás que se recolham ao anonimato de onde foram retirados, para não serem recolhidos ainda pisando os tapetes confortáveis do Poder comprometendo irremediavelmente uma gestão ainda respirando na incubadora. (Jampanews)