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Notícia > Política

  • 27.05.2019 - 16:23

    Adriano refuta Ricardo e diz que ele devia trabalhar para somar em vez de dividir


    O ex-governador Ricardo Coutinho acertou dois coelhos de uma cajadada só: o governador João Azevedo e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino. Ao disparar sua metralhadora verbal nesse sábado em Cajazeiras, Ricardo mostrou toda sua insatisfação com a existência de resistência aos seus desígnios, dentro do esquema político onde se considera incontestável.

    Além de catalogar o presidente da Assembleia como um dos rebeldes aos seus ditames desde que assumiu a Casa por quatro anos, contrariando a orientação dada por ele, da alternância com Hervázio Bezerra, Galdino deixou de ser aliado classe A para ser visto como classe B.

    No seu pronunciamento contundente em Cajazeiras, quando revelou impaciência com os métodos do sucessor em relação aos rebeldes do G10, Ricardo adotou a política do ataque tão ao seu gosto para tratar da insurreição que ameaça se alastrar dentro do PSB, onde sua liderança começa ser contestada apesar das palavras cautelosas e conciliadoras, por enquanto, dos atingidos pelos petardos do socialista.

    Ao tratar os rebeldes como oposição dentro do Governo, Ricardo adiantou-se ao governador de direito e traçou uma linha de comportamento que sinaliza para a submissão plena ao projeto exitoso que deu início e que corre o risco de ser interrompido pelo excesso de carga dentro da locomotiva socialista com os vagões empanturrados sem que a maioria dos passageiros descesse na estação que há muito ficou para trás, mudando apenas o motorneiro.

    A questão é de espaço e isso fica claro se alguém se der ao trabalho de inquirir os insatisfeitos com a falta de atenção do Governo para seus pleitos, mas que parece já está sendo solucionado pelas reiteradas manifestações de apreço ao governador João Azevedo a quem todos juram lealdade, o que estaria descontentando o patrono que vê essas inclinações à solidariedade como uma blasfêmia a sua pessoa e ao seu projeto.

    Uma prova de que, as coisas estariam evoluindo foi a recepção que foi feita a João Azevedo no último sábado em Juazeirinho onde passou a se concentrar os serviços do Detran com a inauguração da 27ª Ciretran do órgão estadual que passa a funcionar em território comandado por lideranças ligadas ao G10.

    Esse flerte quase namoro entre João e o G10 estaria incomodando o ex-governador que invoca a continuação do como se ele estivesse ameaçado pelos próprios aliados.

    Os ataques de Ricardo pode desencadear uma reação que venha fortalecer a pessoa do governador e esvaziar a sua à medida que o tempo passe, o que previu podendo evoluir para um cisma dentro da legenda muito mais por intransigência do que por qualquer outro motivo.

    A postura de Adriano ainda é de conciliação de consideração, mas talvez o tom suba porque Ricardo também estaria sendo pressionado por sua corte e o ranger de dentes já se faz ouvir por todo estado incluída Cajazeiras e adjacências.

    Muito mais perigoso para a sobrevivência do projeto é não compreender que a continuidade está acabando com a unidade do PSB. (Jampanews)