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  • O perfil municipal

    14/08/2013

    O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD,acaba de divulgar o Indice de Desenvolvimento Humano dos Municípios Brasileiros-IDH-M. Os resultados alcançados revelam um avanço em algumas das metas que constituem os Objetivos do Milênio, cuja disseminação está incluída na missão desse importante braço das Organizações das Nações Unidas-ONU. A prioridade do PNUD é justamente promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo, atuando em 166 países onde possui representação. O IDH é lastreado nos níveis da educação, expectativa de vida (longevidade) e renda das populações pesquisadas. A divulgação desses indicadores traduzem os avanços ou retrocessos registrados no censo decenal do IBGE e retratam o processo de desenvolvimento de cada município.

    São oito os Objetivos do Milênio. Esse norte está constituído de 22 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridas até 2015. O esforço da ONU procura sensibilizar todas as nações, envolvendo desde o governo central às pequeninas células municipais. A metas não pretendem ser utópicas, mas chegam perto do sonho. Redução pela metade da pobreza e da fome. A universalização do acesso à educação primária, ou seja, eliminar o analfabetismo.A promoção da igualdade entre os gêneros, seria a terceira meta, esta em pleno aclive.A redução da mortalidade infantil já se faz sentir entre nós, a partir da melhoria da saúde materna, outro alvo visado. Os Objetivos compõem um conjunto que ainda envolve o combate ao HIV, malária e outras doenças, a promoção da sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento.

    O Indice de Desenvolvimento Humano Municipal, prende-se, exclusivamente, aos indicadores apurados na educação, renda e longevidade, nesses incluídos, alguns dos Objetivos do Milênio, como por exemplo, a redução da mortalidade infantil que compõe o item Demografia e Saúde.Os resultados proclamados pelo PNUD interessam à sociedade e, notadamente, aos gestores públicos imbuídos no propósito de melhorá-los. Despertou também a minha curiosidade e por isso, fui em busca do IDH-M de Bananeiras, em cuja administração minha esposa esteve à frente nos últimos oito anos.

    Descobri que Bananeiras “teve um incremento no seu IDHM de 102,14% nas ultimas duas décadas, acima da média do crescimento nacional (47,46%); acima da média do crescimento estadual (72,25%)”. Os componentes do IDHM: em educação, o índice do ano 2000 foi de 0,204 e em 2010, alcançou 0,430. A longevidade passou de 0,675 para 0,766, isto é, a expectativa de vida passou de 65,50 para 70,98 anos e, finalmente, a renda per capita, cresceu de 0,467 para 0,555, ou seja, de 146,15 reais, para R$ 253,30. Esses números, considerados positivos, porém, não condizem com a classificação do município diante do ranking nacional ou estadual.

    Fui em busca do Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 e, na pesquisa, verifiquei que os números anteriores, repetidos em 2013, não batem. O resultado final partiu de premissa falsa.Por exemplo: no período 1991-2000, o IDHM de Bananeiras,segundo o ATLAS de 2003 cresceu 18,85 %, passando de 0,504 em 1991 para 0,599 em 2000 e, (vide PNUD) o município estaria entre as regiões consideradas de médio desenvolvimento humano. Os números apresentados em 2013 revelam que Bananeiras passou de 0.281(?) em 1991 para 0,401 (?)em 2000, alcançando em 2010 o IDHM de 0,568. Ora, o erro está evidente. O IDHM em 2000 era de 0,599 e não 0,401. Daí por que, quando se projeta o crescimento do IDHM, ao invés de crescer no ranking, o município perdeu posição. Com a palavra o PNUD.
     


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