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  • A diversidade como ela é

    03/12/2013

    O mapa ideológico do Brasil está quase completo. A esquerda tem dois candidatos presidenciais, Dilma (PT) e Eduardo Campos (PSB). O de centro-esquerda é Aécio, do PSDB. O da ultraesquerda é Randolfe Rodrigues, do PSOL. Falta um candidato da extrema-direita. É aí que entraria o ministro Joaquim Barbosa. Os extremistas não têm chance de vitória, mas é bom que componham o cenário.
    Na hora de governar, porém, prevalece a lógica do violino e sai de cena essa história de ideologia: o candidato ganha (segura) com a esquerda e governa (toca) com a direita. É o que se chama política real.

    E LÁ SE FOI DEDA


    Meu amigo, ex-colega na Câmara dos Deputados e governador de Sergipe, partiu hoje para a eternidade Marcelo Deda, com apenas 53 anos. Extrovertido, alegre, elegante, bom de papo e inteligentíssimo, Deda foi um dos mais entusiastas da minha candidatura a presidente da CCJ (2001), embora estivéssemos em posições políticas opostas.
    Suas intervenções nos debates da CCJ eram lúcidas e brilhantes. O auditório calava para ouvir a voz da sabedoria. Hoje tem festa no céu.

    DILMA SOBE, A OPOSIÇÃO DESCE

    A notícia é péssima para os meus amigos anti-Dilma Rousseff. E é um tapa na cara da grande mídia, destacando-se a furiosa revista Veja, que tenta rimar mensalão com eleição. Em vão, como dizem os números.
    Se a eleição fosse hoje, Dilma venceria no primeiro turno com 47% dos votos. Aécio e Eduardo, em queda, teriam respectivamente 19% e 11%. E se o candidato fosse Lula? Aí o pau come: 56%!
    O suposto candidato da extrema-direita, ministro Joaquim Barbosa, aparece com 15%. 
    A pesquisa foi feita pelo insuspeito Datafolha.

    O MUNDO DE CHICO CAMARÃO

    Quem conheceu Chico Camarão sabe como ele era. Caladão, passos lentos, bom de copo e do bem. Foi meu amigo de infância e, antes de casar com Marília, fez do Bar de Zé Mendes seu endereço predileto. Tomamos muitas na nossa juventude.
    Numa certa fase da vida de solteiro, Chico passava a noite bebendo e o dia dormindo.

    Nesta rotina, perdera a noção do tempo. Até que um dia sua mãe balançou o punho da rede e disse-lhe que já passava da hora de acordar. Chico abriu os olhos, passou as mãos sobre eles para desembaçar, contemplou a escuridão e disse, sonolento:

    - Mãe, esse mundo tá doido!

    - Por que, meu filho?

    - Essa porra num tem mais dia não? 


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