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  • O golpe do PT

    18/08/2015

    Todas as vezes que a Nação brasileira se prepara para novas manifestações de protesto contra o governo desastrado da presidente Dilma, evento este já inserido no calendário nacional, o Partido dos Trabalhadores e seus tentáculos tratam imediatamente de fabricar notas na imprensa alertando que tal revolta popular tem o tempero golpista e que o ex-presidente Lula, outro alvo da insatisfação do povo, foi uma espécie de ‘figura de proa’ na luta contra a ditadura implantada em nosso País nos idos de 60 (tendo sido, inclusive, preso e torturado pelo novo regime) e um grande baluarte na luta pela redemocratização.

    Ora, quem acompanhou a história daquela época através de leitura e depoimentos, sabe muito bem que Lula nunca se constituiu numa ameaça para os militares que se encastelaram no poder pela força das baionetas. Ao contrário de nomes como Marighuela, Lamarka, Leonel Brizola, Gregório Bezerra, Luís Carlos Prestes, só para citar alguns poucos, todos declarados pelos milicos como ‘Inimigos da Nação‘ e violentamente perseguidos, presos, assassinados e banidos da vida pública, a única coisa que poderia motivar a prisão de Lula naqueles anos de chumbo era ‘desacato ou embriaguez e desordem‘. Nunca por ação política-ideológica.

    O nome do ex-presidente surgiu nos estertores do regime ditatorial, quando a pressão popular forçou o restabelecimento da cidadania a vários políticos, a volta das eleições diretas para governador, prefeitos da Capital e, mais adiante, de presidente da República. Lula foi inserido nesse contexto como uma criação do ‘arquiteto’ Golbery do Couto Silva para dividir as esquerdas e evitar qualquer tentativa do ‘abominável’ e ‘temível’ nacionalista Leonel Brizola assumir a presidência do Brasil. Este sim, um nacionalista convicto, honesto, patriota de verdade, que teve toda sua vida ‘fuçada‘ pela Rede Globo e nunca foi encontrado absolutamente nada que desabonasse sua conduta.

    Chamado por Brizola de ‘filhote da ditadura’, em nenhum momento Lula, Dilma, CUT e os que estão com a boca na gamela, podem jamais classificar de ‘golpe’ uma manifestação espontânea de quem foi vítima de um estelionato eleitoral; não podem nunca falar de ‘golpe’ quem no passado se travestiu de esquerdista, a serviço da direita, para golpear a unidade das oposições num projeto político viável; não podem nunca falar de ‘golpe’ quem condenava a prática de corrupção e fez dessa prática sua sobrevivência política. A manifestação popular observada, nos últimos meses, em todo País, é totalmente legítima e nem de longe fede a golpe.

    O povo quer o fim da corrupção e os corruptos na cadeia.

    Eis um bom começo para construirmos um novo Brasil, com ordem e progresso de verdade. 


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