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  • O futuro do PMDB

    12/07/2015

    Em encontro pouco divulgado na imprensa, o PMDB de João Pessoa convocou dirigentes e filiados para uma consulta sobre a conduta que o partido deve adotar com relação às eleições de 2016. Ficou decidido pela maioria dos presentes o caminho da candidatura própria à Prefeitura da Capital. O nome, evidentemente, só será escolhido na Convenção do próximo ano, conforme estabelece o calendário eleitoral.

    O PMDB, portanto, sai na frente de outras legendas, oficializando um projeto que ninguém sabe se de fato irá prosperar. Apesar de ser o maior partido no Estado e gozar de um elevado conceito perante o eleitorado pessoense, a agremiação do saudoso Humberto Lucena é um colecionador de erros, fracassos e sucessivas derrotas em razão da intransigência de alguns, do egocentrismo de outros e da grande falta de humildade e sensibilidade da maioria, que ignora a voz das ruas.  

     

     

    Manoel Júnior X Gervasinho

     

    Nessa disputa interna travada entre os deputados Manoel Júnior (federal) e Gervásio Maia (estadual) para saber quem assumirá o comando da legenda na Capital no próximo mês, percebe-se que Manoel quer e vai mudar a regra do jogo para permanecer respondendo pela presidência do PMDB. Para isso ele conta com a maioria dos diretorianos e também da cúpula partidária, que vai relevar a questão do sistema de rodízio estabelecido entre eles, na presença de várias lideranças políticas peemedebistas, e priorizar o projeto do parlamentar federal que quer a todo custo ser candidato a prefeito, em dobradinha com o PSDB do senador Cássio Cunha Lima.

     

     

    Um desejo antigo

     

    Aliás, não é de hoje que o deputado federal Manoel Júnior deseja emprestar seu nome ao PMDB para disputar a Prefeitura de João Pessoa. Em 2004 ele sustentou uma pretensa candidatura até a undécima hora da Convenção. Mesmo as pesquisas apontando o fracasso na preferência popular, onde não ultrapassava a casa dos 3%, , ele se mostrava firme e destemido a levar o partido à ruína, que naquele momento recebia o constante chamamento do deputado Ricardo Coutinho para fechar aliança com o PSB, o que de fato aconteceu graças a intervenção do senador José Maranhão e dos pré-candidatos a vereador, que ameaçavam retirar seus nomes da disputa se vingasse o pensamento suicida de Júnior.  Naquela época o presidente da legenda era o pai de Gervasinho, o saudoso deputado Gervásio Maia, e eu era o Secretário Geral do partido. Foi uma das poucas vezes que o partido agiu com sabedoria.

     

    Fica a lição como aviso

     

    Se a história servir de lição, de aprendizado, cabe à maioria peemedebista refletir sobre esses e outros fatos que transformaram, nos últimos tempos,  o PMDB em um verdadeiro saco de pancadas. Uma ambição, um capricho  pessoal, não pode se sobrepor à vontade dos que verdadeiramente querem manter o partido vivo, forte, representativo e respeitado.  


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