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Notícia > Política

  • 12.02.2019 - 08:53

    Relação escabrosa: figuras manjadas tentam criar versões sobre escândalo


    Os dois secretários flagrados em conversas impudicas saem a público para dizer em suas defesas que a licitação revelada por gravações de um empresário contrariado não existiu. Esse argumento tem o efeito de um analgésico para quem sofre de um câncer irreversível que alivia a dor, mas não extirpa o tumor, e este continuará degenerando o organismo sem dó nem piedade até que se dê o desfecho fatal.
     

    Se houve ou não houve a licitação é o de menos porque o que está em questão é o procedimento que pode se caracterizar uma regra de comportamento de comportamento de um governo ou de determinados auxiliares com tamanho poder de manipulação enfeixados nas mãos que levariam para o governador o golpe forjado e acabado pronto para execução como fica evidente na conversa indecente e criminosa que vazou para a opinião pública.
     

    Qual credibilidade pode ter um esquema político que se apossa pelas urnas do poder e dai pra frente atropela conceitos de moralidade pública sem levar a mão à consciência invadindo e subordinando áreas da sociedade como a Justiça e a Imprensa para que elas retoquem a maquiagem descomposta como fazem as prostitutas assim que acabam de atender um cliente.
     

    Porque ninguém pode negar que a conversa existiu e o áudio é irrefutável mostrando como se adequam os interesses espúrios dos que ocupam funções de confiança aos interesses de empresários espertalhões, atrelados a entidades cujos procedimentos são alvos de investigações e como resultado delas dirigentes dessas arapucas, em forma de OS, são presos por arrombar o erário e corromper agentes públicos da linhagem dos que foram flagrados em tenebrosas transações.
     

    Ao distinto público pouco importa se a licitação teria ocorrido em 2012 ou 2015 ou 2018: o que estarrece e causa perplexidade é a naturalidade com que se traçam os meios de driblar uma licitação método que pode estar sendo utilizado até hoje sem que se possa saber quando e onde e com quem, porque como já se sabe fartamente, o que leva ao descrédito todo discurso republicano que enfeitava as declarações do todo poderoso e embutido até agora Ricardo Coutinho provavelmente na arquibancada assistindo ver emergir o monstro da lagoa. 
     

    A defesa feita pelo decano dos meios de comunicação existentes hoje na web não satisfaz a opinião pública já convencida das relações incestuosas entre Governo e empresários do setor trazido a tona quando da proposta indecente de uma entidade clandestina que, iguais aos que se movimentam na área da saúde, almejam garrotear as verbas institucionais de publicidade.
     

    A intervenção desse decano da web nada esclareceu muito pelo contrário afundou ainda mais em suspeitas o assunto já que nas redes sociais circulam versões as mais escabrosas sobre o relacionamento com o Governo desses senhores revelando para todos porque a crise se abateu sobre a mídia digital: a total falta de credibilidade agravado por reputações cujos conceitos beiram a sarjeta e que se arvoram de autênticas lideranças, quando não lideram nem a cozinha de casa, o que ficou demonstrado na recente eleição da API, quando foram comtemplados com inexpressivos 19 votos.
     

    A defesa desse decano da web no seu espaço, agora fartamente irrigado, o que pode lhe livrar dos dissabores da inadimplência, tem semelhança com aquele cara que leva um tremendo de um soco no olho cujo impacto deixa roxo toda área atingida e sai gritando: nem doeu nem doeu até que um exame mais acurado lhe alerte para o risco de perder a visão tal o estrago.
     

    O que um Governo de moral e austeridade tem que fazer sem tergiversações é exonerar todos os envolvidos para o bem do serviço público e para preservação de sua autoridade bastante abalada ou quase destruída pela tibieza.
     

    E para quem não sabe e parece que João ainda não sabe, a caneta e o diário servem também para fazer faxina.

    jampanews