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  • 14.01.2018 - 07:27

    Imprensa irrigada por Manoel Junior continua ‘fantasiando’ candidatura de Cartaxo


     A mídia que torce pela saída de Cartaxo da prefeitura se esmera em trata-lo como uma liderança emergente no cenário político do estado carente de renovação, o que pode se constituir má fé ou ingenuidade. Cartaxo é e continuará sendo aquele jabuti encontrado no poste que só chegou lá porque foi colocado já que jabuti não sobe em poste.

     
    As contingências que levaram Cartaxo ao poder não mais se repetirão e elas se manifestaram naquele momento de 2012, quando os candidatos apresentados para disputa daquela eleição pela prefeitura da capital não podiam ser mais favorável à ascensão de Cartaxo como foram naquele momento específico.
     
    Sem respingos contra sua imagem já que novato como gestor e ainda imaculado, Cartaxo enfrentou a longevidade exaustiva de Maranhão, a figura deplorável de um Cícero castigado por denúncias de corrupção, e o símbolo do autoritarismo e da ingratidão caracterizados na pessoa de Estelizabel, depois, que instruída por Ricardo, deu uma rasteira em Agra.
     
    Nesse cenário, mesmo insosso, Cartaxo conseguiu convencer o eleitor que era a tão sonhada renovação política reforçada por sua imagem jovem e de boa aparência.
     
    Porém, para sua recondução a prefeitura foi indispensável que contasse com as velhas oligarquias para consolidar sua imagem política já não tão imaculada diante dos aliados que colheu, além de beneficiado pela arrogância política de Ricardo que lhe facilitou a vida ao colocar na arena uma adversária sem densidade e sem sintonia com o eleitor, além das falhas de marketing, que não soube transformar em força as fraquezas de Cida.
     
    O que aconteceu, em menos de um ano depois de reeleito, sinaliza para a falta de habilidade do prefeito cujo prestígio diminuiu a tal ponto que desceu da condição de unanimidade para disputar o Governo para ser apenas mais um nome cogitado por uma oposição desnorteada que oscila entre a longevidade política de Maranhão, o oportunismo crônico de Cássio e a ambição desenfreada de Manoel Junior cego de desejo por meter as mãos nos 2,5 bilhões do orçamento municipal e impor seu estilo de gerir os recursos públicos, em tudo e por tudo idêntico ao que monitorava as ações de Eduardo Cunha na Câmara Federal.
     
    Cartaxo pelo caráter que apresenta e que é reconhecido por todos que o conhecem, não reúne as condições inerentes a um líder. Pela tibieza, pela pusilanimidade, Cartaxo não tem as condições exigidas para quem quer liderar ou administrar a coisa pública, e isso é notório na personalidade do prefeito e salta à vista de quem trata com ele, e só aqueles que se aproveitam dessas fraquezas de caráter é que o incensam e torcem por sua permanência na política, para poderem continuar ocupando o vácuo de autoridade que ele cria a sua volta.
     
    Cartaxo é um maria-mole, um zé ruela, que a ninguém se impõe, e que a todos se submete como deixam claro os muitos episódios onde sua tibieza e pusilanimidade terminaram por prevalecer, e a escolha do vice, em 2016, seria uma dessas provas cabais de sua frouxidão de caráter: engoliu Manoel Junior de goela abaixo quando queria Zenedy Bezerra e hoje não estaria sofrendo essa pressão descabida imposta pelo vice de olho nos cofres da prefeitura para reeditar na capital paraibana o estilo inerente ao Quadrilhão de Brasília.
     
    Nada de lógico aconselha Cartaxo deixar a prefeitura para se aventurar numa disputa onde pelo andar da carruagem haverá segundo turno e, provavelmente ele não será um dos que chegarão a ele, porque lhe faltará uma das pernas de 2016, e cujo cenário será bem diferente daquele que o consagrou nas duas vitórias anteriores.
     
    Cartaxo chega em 2018 minado por todos os escândalos que enlamearam sua imagem e que deverão voltar em maior intensidade no fragor da campanha eleitoral, o que poderá ser fatal diante de um eleitor que vai primar pela lisura dos candidatos.
     
    Esse canto de sereia regido pelo vice a lhe emprestar um patrimônio político que não detém será seu fim caso se deixe embalar por ele.
     
    O que essa turma quer é colocar Manoel Junior na prefeitura para desfrutar depois de tudo de indecente e imoral que ele possa garantir, porque, quem conviveu tão intimamente com figuras do potencial de periculosidade de um Eduardo Cunha e de um Michel Temer, não pode ser diferente. 
     
    Com certeza, João Pessoa será um dos tentáculos do Quadrilhão do MDB de Temer, caso essa operação de transplante seja realmente bem sucedida.
     
    É melhor um pássaro na mão, Cartaxo, do que dois voando.
    jampanews