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  • 12.03.2014 - 05:58

    Em 10 dias, chove 150 mm em cidades do Sertão


     As cidades do Sertão da Paraíba continuam registrando chuvas fortes. Na noite de segunda e na madrugada de terça-feira (11), Cajazeiras, a 468 km de João Pessoa, teve 75,2 mm de pluviometria, o mais alto nessas 24 horas.


    Em 11 dias, choveu 132 mm em Cajazeiras, mas isso não foi suficiente para aliviar a situação do abastecimento na cidade.

    Os açudes Engenheiros Ávidos e Lagoa do Arroz, que abastecem a região daquele município, têm 29,4 e 10,7 milhões de metros cúbicos, dos 255 e 80,2 milhões, que representam apenas 11,5% e 13,3% da capacidade, respectivamente.

    Municípios como Bom Sucesso (108,6 mm), Coremas (108 mm), Manaíra (129,2 mm), Monte Horebe (105,4 mm), São José de Piranhas (144,2 mm), São José de Princesa (153,6 mm) e Teixeira (100 mm) tiveram os maiores índices pluviométricos durante os dez primeiros dias de março.

    Dessas localidades, entre os açudes que estão em melhores condições estão o que abastece Tavares, que tem 6,7 milhões de metros cúbicos, igual a 79,4% dos 9 milhões de metros cúbicos totais;  Manaíra com 6,8 milhões de metros cúbicos, o que é 64,9% da capacidade total de 10,5 milhões; Diamante, onde o Vazante tem 5,5 milhões, 60,8% dos 9,09 milhões de espaço total; e São José de Piranhas, onde o açude São José 1 tem 1,7 milhão de metros cúbicos, o que corresponde a 54,6% dos 3,05 milhões de capacidade total.

    Cerca de 10 reservatórios operam com capacidade que varia de 40 a 50% do espaço total. Em torno de 40 açudes têm de 10 a 40% de volume; 15 estão com pouco mais de 0 e menos de 5% do volume total e pelo menos 20 estão completamente secos.

    Segundo a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas, Marle Bandeira, março, abril e maio são os períodos chuvosos do Sertão e Cariri do estado, portanto espera-se que durante esses meses as cidades dessas regiões apresentem melhoras na situação de armazenamento em açudes e abastecimento de água, bem como na agricultura. 

    Apesar disso, ela disse que essas chuvas ocorrem de forma irregular e em pontos isolados, mesmo que muito próximos. Sobre os açudes, Marle falou que “só é possível afirmar se as chuvas serão suficientes para encher os mananciais quando é feita a previsão com 24 horas de antecedência”, explicando que não dá para afirmar se os reservatórios vão encher em três meses, devido à irregularidade das chuvas.

    A Aesa já havia divulgado que as áreas mais afetadas pela estiagem devem receber um volume maior de chuvas até o final do primeiro semestre de 2014.

    Quanto à previsão para as próximas horas, Marle Bandeira informou que podem ocorrer chuvas isoladas em todas as regiões do estado, principalmente no final da tarde e início da noite.