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  • 07.09.2013 - 05:31

    \'Vinda de médicos estrangeiros não é contra médicos nacionais\', diz Dilma


    No tradicional pronunciamento que antecede o Sete de Setembro, exibido em cadeia nacional de televisão na noite desta sexta-feira (6), a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do programa Mais Médicos e da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil, medida que tem sido motivo de polêmica com entidades médicas nacionais.

    A presidente declarou que a chegada dos profissionais do exterior não é prejudicial aos médicos brasileiros. "A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde. O Brasil deve muito a seus médicos. O Brasil deve muito à sua medicina. Mas o país ainda tem uma grande dívida com a saúde pública. E essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível."

    Dilma afirmou também que a chegada dos médicos beneficia a população de cidades do interior e das periferias, além de evitar mortes.

    "Especialmente você, que mora na periferia das grandes cidades, nos pequenos municípios e nas zonas mais remotas do país. Porque você conhece bem o sofrimento de chegar a um posto de saúde e não encontrar um médico. Ou ter que viajar centenas de quilômetros em busca de socorro. O Brasil tem feito e precisa fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos. Porém, a falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada. Muita dor, diminuída. E muita fila reduzia nos hospitais. Apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde."

    A presidente Dilma Rousseff fez um balanço dos cinco pactos (saúde, educação, fiscal, transporte público e reforma política) que propôs em resposta aos protestos que tomaram as ruas do país em junho.

    "Eu sei tanto quanto vocês que ainda há muito a ser feito. O governo deve ter humildade e autocrítica para admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer", admitiu. "E a população tem todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças, mas há, igualmente, um Brasil de grandes resultados, que não podemos deixar de enxergar e reconhecer", afirmou a presidente.

    No entanto, a presidente criticou os pessimistas. "Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos. Infelizmente, ainda somos um país com serviços públicos de baixa qualidade e estamos aprofundando os cincos pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte."

    A mandatária fez uma apelo em favor de uma reforma política --bandeira levantada pelo PT especialmente após a onda de protestos-- e exaltou os resultados da economia no segundo semestre, cujo PIB (Produto Interno Bruto) cresceu acima do esperado.