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  • 28.07.2013 - 07:51

    Venezuela abre festejos pelo 59º aniversário de Chávez


     Embora de luto, seguidores do falecido Hugo Chávez iniciaram neste sábado uma semana de festejos por seu 59º aniversário. Já a outra metade da Venezuela se mantém indiferente, implacável com o homem que consideram responsável pela crise econômica e pela violência no país.

     

    Com bailes, shows e serenatas, o governo e seus adeptos vão comemorar como se Chávez não tivesse morrido, há quase cinco meses. Seu herdeiro político e sucessor, o presidente Nicolás Maduro, irá de casa em casa, em algum bairro, para levar presentes e a mensagem do "comandante supremo".

     

    Situado em uma colina do oeste de Caracas, o Quartel da Montanha é o lugar de culto para os que procuram seu túmulo para venerá-lo. "Eu ainda choro pelo meu presidente", disse à AFP Norelis Alvarez, uma enfermeira de 44 anos, no popular bairro 23 de Enero, principal bastião do chavismo.

     

    A poucos metros, mantém-se uma pequena capela azul, de madeira e teto de lata, cheia de flores, velas e motivos religiosos. No altar, há um cartaz do "comandante eterno" e um busto de argila, sob um crucifixo.

     

     

    Em Barinas (oeste), estado natal do líder, também haverá comemorações, informou neste sábado o governador Adán Chávez, irmão do ex-presidente.

     

    Muitos venezuelanos ainda não se recuperaram da ausência do homem que governou o país por 14 anos e morreu em 5 de março, vítima de um câncer. Alguns chavistas reconhecem que a situação está difícil e afirmam que Maduro está indo bem. Já outros se queixam muito do governo.

     

    Os seguidores de Chávez o amam por ter-se ocupado dos pobres. Seus críticos culpam-no pelo que descrevem como um desastre: inflação de 25% no primeiro semestre - a maior da América Latina -, ciclos de escassez e escalada da violência. Em 2012, foram 16 mil assassinatos.

     

    "Há uma Venzuela com Chávez e outra sem Chávez. As pessoas estão angustiadas com seus problemas básicos, apesar dos esforços do governo para manter o mito. Chávez é passado, morreu", disse o especialista Carlos Romero.

     

    O líder da oposição Henrique Capriles, que sempre evitou ofender Chávez em público, pediu ao governo que deixem-no "descansar em paz".