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  • 25.01.2015 - 10:17

    Refém japonês foi decapitado por EI, afirma portal


     Um dos reféns japoneses que estavam nas mãos dos extremistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) foi decapitado, informou neste sábado (24) o Site, portal norte-americano que monitora o movimento jihadista. A vítima teria sido Haruna Yukawa.

    Segundo o portal, o EI fez com que o outro refém, Kenji Goto, mostrasse as imagens da decapitação e implorasse por sua vida. Ainda de acordo com o Site, Goto faz novos pedidos dos extremistas para ser salvo.

    Logo em seguida ao anúncio, o governo do Japão criticou fortemente o suposto áudio postado na internet. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, qualificou de "ato violento e imperdoável" a execução e pediu a libertação imediata de Goto.

    O secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, disse num breve comunicado televisionado que a gravação parecia mostrar Yukawa sendo morto e que as images estão sendo verificadas. "Trata-se de um ato ultrajante e inaceitável", disse Suga. "Exigimos fortemente a rápida liberação do senhor Kenji Goto, o outro refém, sem danos." Suga leu a declaração e se recusou a responder perguntas.

    Prazo de 72 horas

    Na terça-feira (20), o Estado Islâmico ameaçou executar dois reféns japoneses e exigiu por eles um resgate de US$ 200 milhões, segundo um vídeo divulgado em foros utilizados habitualmente pelos extremistas. 

    Os sequestrados, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto Jogo, aparecem ajoelhados e vestidos com um macacão laranja que já é frequente nos vídeos do EI, enquanto as ameaças são efetuadas por um combatente, que dá um prazo de 72 horas ao governo japonês para responder a sua reivindicação.

    "Vocês têm 72 horas para pressionar seu governo a tomar uma decisão sã e pagar US$ 200 milhões para que suas vidas sejam poupadas", diz o jihadista, que fala em inglês e que aparentemente é o mesmo que costuma aparecer nos vídeos de reféns ocidentais.

    O combatente acusou o governo japonês de ter doado US$ 200 milhões para combater o EI, aludindo ao anúncio feito por Abe há três dias no Cairo. Por esse motivo, o radical deu um ultimato de 72 horas.