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  • 17.05.2019 - 17:11

    IMPRENSA X PARLAMENTO: da boca do esgoto à lama dos porcos; a boa relação está sendo quebrada pela mediocridade


    Ao longo da história Imprensa e Parlamento sempre caminharam de mãos dadas, de forma respeitosa, com objetivos e propósitos comuns: assegurar a liberdade, a democracia.

    Bons parlamentares e bons profissionais de imprensa se confundem no exercício de suas atividades, pois exercem um papel espinhoso quando colocam os interesses da coletividade acima de tudo.

    De uns tempos para cá estão tentando quebrar essa salutar relação, essa afinidade, fruto da má qualificação de pessoas que exercem o papel na imprensa, como também da falta de preparo de políticos para o exercício da atividade parlamentar.

    Infelizmente, uma triste constatação que nos obriga, invocando ética, decência, respeito, educação, princípios, a uma reflexão e análise equilibrada da conduta de cada profissional do rádio, TV, blog, portais, para que não haja uma generalização, uma nivelação por baixo, no âmbito do segmento que ainda congrega bons e decentes profissionais.

    MOMENTOPB transcreve na íntegra matéria do jornalista Lelo Cavalcante, do JAMPANEWS, sobre o assunto:

     

     Mais um round onde o confronto entre jornalistas e parlamentares confirma o grau de atrofiamento que atingiu os dois lados; resolveram jogar lama no ventilador

    "Mais um round entre jornalistas e parlamentares anima o ambiente e espanta a poeira mostrando até onde o despreparo e a mediocridade pode chegar valendo-se da enorme contribuição que os dois lados em confronto têm oferecido

    São episódios deprimentes em nome de uma liberdade e de uma democracia que mereciam melhores protagonistas, desta vez, os contendores se exibindo numa cabine de rádio transformada em ringue com o patrocínio do Sistema Correio violentando um dos espaços que já foi em priscas eras referência do jornalismo paraibano, agora atrofiado pela escassez de talentos, cuja anemia de intelecto já se constitui ameaça, onde e quando as notas, amenas e inócuas, de entidades como a API, não conseguem mais sanar. 

    O entrevero entre a deputada socialista Estela Bezerra  e o radialista Nilvam Ferreira mostra ao quanto se regrediu, em termos de representatividade, os dois lados da questão, fazendo-se chegar a triste constatação que já não se faz mais deputados e jornalistas como os de antigamente.

    O clima de animosidade e de armadilha premeditada é escancarado desde quando se pode perceber que a entrevista tinha o ranço indisfarçado da hostilidade, do constrangimento e da agressão ainda que moral conduzida com o propósito de encurralar o entrevistado como uma espécie de vingança por ofensas cometidas anteriormente e atribuídas ao esquema político da vítima do dia.

    A armação fica visível para quem não está mergulhado nesse lodaçal de animosidades e onde os confrontos estão se amiudando, que a deputada recebeu um convite para ser confrontada com outros episódios recentes onde a mesma prática de encurralamento gerou outro atrito e provocou manifestações de solidariedade da equipe da Correio ao supostamente ofendido, que resolveu tomar satisfações em nome de uma suposta ofensa à liberdade de imprensa numa demonstração de estupidez que confunde o exercício da profissão com o crime de constranger pessoas, tipificado no artigo 146 do Código Penal, confirmando o jornalismo de esgoto que norteia expressiva parcela da imprensa paraibana, que deixou de ser prestigiado pela qualidade substituída nesses tempos pela capacidade de aumentar o caixa das empresas, único critério que impera para que a mediocridades vire celebridade e passe a comandar espaços de idoneidade duvidosa como é fácil de constatar acompanhando o que se transmite no rádio e na TV paraibana, onde muito analfabeto tem amealhado dinheiro e prestígio.

    Diante desse cenário de pobreza de talentos, onde qualquer vira-bosta vira jornalista e as entidades de classe fecham os olhos para essa promiscuidade que já começa surtir seus efeitos deletérios, confrontos como o que estão acontecendo vão se avolumar e até que apareça o primeiro defunto, não será encarado com o rigor e com as medidas profiláticas que merece.

    Uma imprensa que se pauta pelo nível demonstrado no vídeo que circula pelos portais, não tem autoridade moral para questionar nada nem ninguém, porque pode ser surpreendida por ocorrências policiais que atiram na sarjeta toda presunção e toda arrogância, inclusive comprometendo o nome das empresas, já abalado desde a prisão de um dos ícones desse jornalismo asqueroso tão em voga na Paraíba, arrastado para as grades por envolvimento com esquemas criminosos que, pelo visto e ouvido nesse último confronto passou a ser regra nos estúdios de rádio e TV das grandes empresas de comunicação, que deixaram de dar manchetes para ser manchete das páginas policiais.

    Fica o alerta para os convidados, que podem estar sendo atraídos para verdadeiras armadilhas montadas nos estúdios por essas reputações duvidosas que infestam a imprensa de hoje.

    Para fazer o que pretendem fazer é necessário idoneidade atributo em falta a se levar em consideração a VITRINE de ontem".