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  • 08.12.2014 - 05:11

    Funcionária de presídio liga pai de Nardoni à morte de Isabella


    Uma reportagem exibida neste domingo (7) do programa "Fantástico", da TV Globo, entrevistou uma funcionária do presídio de Tremembé (SP) onde está Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, que morreu em 29 de março de 2008 ao cair de um edifício da Vila Guilherme, na zona Norte de São Paulo. Ela acusa Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, de ter orientado o casal a simular um acidente.

    A funcionária, que não foi identificada, afirma que obteve a nova informação em conversas com a própria Anna Carolina Jatobá, pouco após esta ter chegado a Tremembé, em 2008. Segundo esta nova versão, Anna assumiu ter batido na menina em uma discussão no carro do casal, após eles terem saído de um supermercado. Após uma série de agressões de Alexandre Nardoni, a menina ficou inerte, e eles teriam imaginado que ela já estava morta. Então Anna ligou para o sogro Antônio para pedir ajuda. Ele então teria sugerido a simulação do acidente.

    Mesmo após sua condenação por homicídio triplamente qualificado, em 2009, o casal Nardoni nunca assumiu a culpa pelo crime. No total, Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias de prisão e Jatobá a 26 anos e oito meses, ambos em regime fechado.

    A funcionária de Tremembé, deu seu motivo para não ter revelado a informação nos últimos anos. "Queria denunciar no momento que ouvi, só não sabia um meio legal de denunciar sem me comprometer". Ela ainda acredita que Anna Carolina Jatobá nunca expôs Antônio Nardoni porque ele estaria sustentando a família dela. "Ela recebe queijos, brincos, o colchão é melhor do que das outras presas", disse.

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    Isabella Nardoni, 5, foi arremessada da janela do sexto andar do apartamento onde o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Ana Carolina Jatobá, moravam na Vila Guilherme, em São Paulo, no dia 29 de março de 2008. Eles foram condenados em março de 2010 pela morte da garota. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão e madrasta a 26 anos e oito meses, ambos em regime fechado. Os dois negam ter cometido o crime Leia mais Reprodução

    Segundo a reportagem do "Fantástico", a funcionária procurou o Ministério Público para dar seu depoimento. O procurador de Justiça Francisco Cembranelli, que foi promotor público nas investigações do caso, acredita que o novo depoimento é "convincente" e poderá reabrir o caso.

    "Durante a investigação havia uma suspeita sim [de que Antônio fosse suspeito] mas não conseguimos trazer a responsabilidade para outras pessoas", explicou Cembranelli.

    O depoimento da nova testemunha será analisado nesta semana por uma promotora do Fórum de Santana. Anna Jatobá e Antônio Nardoni também poderão ser intimados a dar novos depoimentos.

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