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  • 26.02.2024 - 07:25

    FORA LULA: Petista já soma 19 pedidos de impeachment tramitando na Câmara Federal


    O petista já é recordista em pedido de impeachment O petista já é recordista em pedido de impeachment

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de 19 pedidos de impeachment desde que assumiu o terceiro mandato. O mais recente é motivado pelas críticas às ações de Israel no confronto na Faixa de Gaza. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

    Desse total, dois foram arquivados e os 17 restantes permanecem sob análise da Câmara dos Deputados (confira as alegações mais abaixo). Agora cabe ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidir se acolhe ou não as solicitações para iniciar um processo.

    Com o montante, Lula desponta como o presidente com o maior número de pedidos do tipo no primeiro um ano e dois meses de gestão, acumulando mais que o dobro do que tinha o ex-presidente Jair Bolsonaro no mesmo período.

    Foram sete solicitações de impeachment contra Bolsonaro nos primeiros quatorze meses de mandato. Apesar do número inferior, o antecessor de Lula é o recordista de denúncias do tipo, somando 158 requerimentos.

    Até mesmo presidentes que sofreram o impeachment tiveram menos pedidos protocolados no primeiro ano de mandato. No caso de Dilma Rousseff (2011-2016), não houve registro no ano inicial de gestão. Já Fernando Collor (1990-1992) teve duas denúncias do tipo no período. No total, a petista acumulou contra ela 68 requerimentos, enquanto o petebista foi alvo de 29.

    Denúncias contra Lula

    Os primeiros dois pedidos de impeachment protocolados contra Lula neste mandato datam de janeiro de 2023. Ambos foram arquivados e tratam do mesmo assunto: a declaração de Lula, durante uma viagem oficial à Argentina, de que o impeachment de Dilma Rousseff se tratou de um golpe de Estado.

    Já a última solicitação conta com autoria de mais de 140 parlamentares e sustenta que houve comprometimento da neutralidade do Brasil após as críticas feitas por Lula sobre a conduta de Israel no conflito em Gaza.

    O texto cita os elogios e agradecimentos feitos pelo grupo terrorista Hamas ao governo brasileiro e diz que “nem mesmo nações que pregam a extinção do Estado de Israel foram capazes de proferir tamanha atrocidade”.

    Veja quais são as alegações contra Lula:

    • Cometimento de crime de responsabilidade pela dispensa indevida do processo de licitação para compra de móveis de luxo;

    • Atuação e suposta omissão em evitar os atos extremistas do 8 de Janeiro;

    • Tentativa de impedir a instalação de comissões parlamentares de inquérito para apurar o 8 de Janeiro;

    • Declaração em que critica o ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro e afirma: “Fod*** esse Moro”;

    • Recepção, no Brasil, do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro;

    • Pronunciamento no 26º Foro de São Paulo em que Lula afirma sobre: combater o patriotismo, orgulho de ser chamado de comunista e o conceito de democracia ser relativo;

    • Cometimento de crime de responsabilidade por fala sobre derrotar o “bolsonarismo”;
    • Suposto empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Javier Milei durante as eleições argentinas; e

    • Cometimento de crime de responsabilidade por permitir que Rosângela Lula da Silva, a Janja, sem ocupar nenhuma função pública, possa “assumir a agenda presidencial”.

    Como funciona um processo de impeachment

    O impeachment é um processo que apura crime de responsabilidade cometido não só por presidentes da República, mas pelo vice-presidente, ministros de Estado e do STF (Supremo Tribunal Federal). 

    Quando há uma denúncia, cabe à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acolher ou não o pedido, sem um prazo definido para que isso ocorra. Em caso de aprovação, há a formação de uma Comissão Especial, local em que o denunciado ganha espaço para se manifestar. Depois de 5 a 10 sessões, o colegiado emite um parecer, que é votado pelos deputados em plenário. 

    Para aprovar o parecer é necessário aval de dois terços da Casa, ou seja, apoio de 342 deputados. Se aprovado, o julgamento fica a cargo do Senado. Pelo menos 54 senadores precisam ser favoráveis ao impeachment para que o alvo perca o cargo e fique inelegível.