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  • 25.10.2020 - 08:51

    Estudo revela que vermífugo reduz carga viral da Covid-19


    Um artigo que traz os dados completos do estudo financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), aponta que o vermífugo nitazoxanida reduz a carga viral em pacientes com covid-19 e é benéfico na resolução dos sintomas da doença após sete dias de seguimento. Os resultados parciais foram divulgados na segunda-feira (19) no Palácio do Planalto.

    O governo federal apresentou um gráfico de barras tirado de um banco de imagens ilustrando a eficácia do medicamento. Em um vídeo da conclusão do estudo, o narrador explica que ao mesmo tempo em que o gráfico é mostrado “o resultado comprovou de forma científica a eficácia do medicamento na redução da carga viral na fase precoce da doença”.

    O ministro Marcos Pontes alegou que o estudo completo ainda não foi divulgado na cerimônia, pois os dados tinham que ser inéditos para a publicação em periódico científico.

    A divulgação dos dados completos foram publicados na sexta-feira (23), através da plataforma medRxiv, que possui os artigos na versão pré-print,  que ainda não foram publicados em revistas científicas e nem passaram por revisão de outros pesquisadores.

    Segundo o artigo, 392 pacientes fizeram parte do estudo, e 194 tomaram nitazoxanida durante cinco dias enquanto outros 198 receberam placebo. Na pesquisa foram incluídos apenas os quadros leves, ainda nos cinco primeiros dias de sintomas.

    Porém, depois dos cincos dias de tratamento, os pacientes estavam com os sintomas era similar nos dois grupos: tanto o medicado quanto o placebo, o que indica que a administração da droga não fez diferença. No estudo, essa etapa foi avaliada como “desfecho primário”, ou seja, o principal indicador de monitoramento.

    Após uma semana, que já é considerado “desfecho secundário”, os pacientes que relataram completa resolução dos sintomas foi de 78% no grupo que tomou nitazoxanida e 57% no grupo placebo, o que representa diferença significativa estatisticamente falando.

    Outra questão positiva foi que houve um aumento no índice de pacientes que apresentaram exame PCR negativo após sete dias uso do medicamento: 29,9% ante 18,2%. Diferenças significativas de ocorrência de eventos adversos entre os dois grupos não foram detectadas.

    GazetaBrasil