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  • 05.11.2022 - 07:55

    ESQUERDA MALDITA: Na Colômbia, milhares protestam contra o governo Petro, amigo de Lula


    Milhares de pessoas marcharam nesta segunda-feira (26) pelas principais cidades da Colômbia contra as medidas propostas pelo presidente esquerdista Gustavo Petro, como o aumento dos impostos para os ricos e a reforma agrária.

    Em Bogotá, os manifestantes se mobilizaram pelas ruas do centro e se concentraram na Praça de Bolívar, ao lado da sede presidencial, aos gritos de "Fora Petro!”

    "Petro prometeu uma mudança de política geral, mas se cercou de políticos corruptos. Isso é enganar", disse à AFP Orlando Novoa, de 60 anos, proprietário de uma construtura com cerca de 30 funcionários, que protestava na capital.

    Petro se tornou o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia ao conquistar pouco mais da metade do eleitorado com uma bateria de reformas com o objetivo de aumentar os impostos sobre os ricos, frear a exploração de petróleo e uma reforma agrária para distribuir terras férteis entre os camponeses "sem terra", entre outras.

    Para colocar em prática estas iniciativas, Petro formou uma coalizão legislativa majoritária com o apoio de vários partido tradicionais.

    "O país precisa de um gerente, Petro é um político", criticou Cristóbal Osorio, um estudante de 16 anos em Bogotá. Na capital, dezenas de jovens que se mobilizaram em defesa do presidente trocaram insultos e empurrões com seus opositores, obrigando funcionários da prefeitura a intervir, constatou um jornalista da AFP. As manifestações percorreram as ruas de Medellín (noroeste), Cali (sudoeste), Bucaramanga (nordeste) e outras capitais com clamor variado.

    Em Medellín, uma equipe do canal estatal Telemedellín foi agredido por manifestantes e precisou abandonar a cobertura, denunciou a ONG Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).

    - "Respeito à propriedade privada" - A chegada de Petro ao poder estimulou indígenas e outros camponeses a ocupar à força dezenas de propriedades, em um dos primeiros conflitos sociais do inédito governo de esquerda, que criticou as invasões.

    Centenas de pessoas se mobilizaram em Cali vestidos de branco e levantando cartazes que diziam "Respeito à propriedade privada" ou "Petro incentiva o crime em vez da produção". Na capital, um contra-protesto de dezenas de jovens se formou em defesa do presidente, que foi membro por 12 anos  do M-19, uma guerrilha nacionalista de origem urbana que assinou a paz em 1990. "É uma desonra ter um presidente guerrilheiro. Fico indignada!", lamentou Manuela Hernández (62), dona de uma empresa de roupas de banho, em Bogotá.

    Com portais