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  • 12.10.2020 - 05:20

    COVID-19: mais de 6 mil cientistas pedem isolamento vertical defendido por Bolsonaro


    Um grupo internacional de cientistas elaboraram uma carta aberta pedindo o isolamento apenas de idosos e pessoas no grupo de risco para a covid-19, a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus. O isolamento seletivo, já vem sendo defendido desde o começo da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro. A carta foi assinada por 3 mil pesquisadores, 4 mil médicos e 65 mil pessoas.

    O manifesto apelidado de “The Great Barrington Declaration” alega que a quarentena estipulada para conter a pandemia trouxe apenas efeitos negativos tanto na saúde pública quanto para a saúde mental da população. O documento foi feito por Sunetra Gupta, da Universidade de Oxford, Jay Bhattacharya, da Universidade de Stanford, e Martin Kulldorff, da Universidade de Harvard.

    O objetivo da proposta é causar o efeito conhecido como “imunidade de rebanho” apenas na população mais jovem. Sendo assim um grande percentual da população infectado já estaria com anticorpos da doença, fazendo com que as pessoas vulneráveis à covid-19 não seriam infectadas pelo vírus.

    “Uma abordagem mais compassiva, que equilibra os riscos e benefícios de alcançar a imunidade de grupo, é permitir que aqueles que estão em risco mínimo de morte vivam a vida normalmente para construir imunidade ao vírus por meio da infecção natural, ao mesmo tempo que protege melhor aqueles que estão em maior risco. Chamamos isto de Protecção Focalizada”, segundo o documento.

    Em um modelo matemático elaborado por Rubens ­Lichtenthäler Filho, professor de física nuclear na Universidade de São Paulo, e seu filho, Daniel, que é médico, estima que o distanciamento social no Brasil, reduziu a taxa de contágio. “Do ponto de vista matemático, se a taxa de transmissão chegasse a zero, 14 dias depois o vírus teria desaparecido”, afirmou Lichtenthäler, à época. 

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