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  • 26.01.2015 - 16:34

    CAOS NA SAÚDE DE JP: médico atende paciente no chão


     A imagem de um jovem de 20 anos deitado no chão da base do Serviço Móvel de Urgência (Samu) de João Pessoa foi registrada pelo tio da vítima no final da noite do sábado (24). O vídeo divulgado neste domingo (26), por familiares da vítima, mostra o médico realizando o procedimento sem o uso de uma maca e outros equipamentos. Samu nega negligência.

     

    O técnico de enfermagem, Emerson Nascimento, que fez a filmagem, disse que o jovem passou mal na casa da namorada e o Samu foi acionado, mas como demorou os familiares prestaram o socorro. “Meu sobrinho teve convulsões e a primeira parada cardíaca. O Samu foi acionado, mas como demorou eu o coloquei no meu carro e fiz o socorro. Levei até a base do Samu, que fica do Centro Administrativo da Prefeitura de João Pessoa, em Água Fria”, disse.

    Ainda de acordo com Emerson, ao chegar na base, um médico estava de plantão e prestou os primeiros atendimentos. Sem macas e equipamentos, o profissional deu assistência ao paciente no chão. “O local estava lotado de ambulância, mas nenhuma estava com macas. Meu sobrinho foi atendido no chão durante quase uma hora. Apesar da situação, o médico foi super atencioso”, falou Nascimento, dizendo que o rapaz não precisou receber atendimento no hospital. Ele foi levado para casa e passa bem, apesar das fortes dores de cabeça.

    Em contato com o Portal Correio, o assessor de comunicação do Samu-JP, Joalisson Alcântara, disse que o serviço médico prestou toda assistência ao jovem e confirmou que as ambulâncias estavam sem macas porque os equipamentos estavam retiradas em dois hospitais da Capital. Após alguns minutos, o rapaz foi levado para dentro de uma ambulância.

    “Na base no Samu a gente não presta atendimento. As ambulâncias que aparecem na filmagem algumas delas estavam sem macas e outras fazem parte da reserva técnica. As macas estavam nos hospitais de Trauma e Ortotrauma, o Trauminha de Mangabeira. Como sem macas elas não funcionam, os veículos estavam parados a espera da liberação. O médico que atendeu o jovem disse que ele não teve parada cardíaca, mas apresentava sintomas de embriaguez, o que pode ter feito passar mal”, esclareceu Alcântara.