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  • 18.04.2021 - 06:58

    Ativista a favor do aborto morre após interromper gravidez


    Uma jovem morreu na Argentina em 11 de abril após um aborto químico legal, a primeira morte registrada após a aprovação de uma lei legalizando o aborto em dezembro do ano passado. A jovem era líder da “Juventude Radical”. 

    O caso chocou todo o país por ser a primeira morte registrada após a aprovação da lei do aborto.

    María del Valle González López era uma estudante de 23 anos da cidade de La Paz, na província de Mendoza, Argentina. Segundo o jornal argentino Clarín, a jovem foi, no dia 7 de abril, ao hospital Arturo Illia, em La Paz, para fazer um aborto.

    “Lá ela foi prescrita uma medicação – presumivelmente misoprostol – e na sexta-feira ela começou a se sentir mal. Ela foi encaminhada ao principal centro de saúde da região leste de Mendoza, o Hospital Perrupato, onde foi diagnosticada uma infecção geral que pode ter causado sua morte ”, relatou o Clarín.

    Os resultados da autópsia devem sair em breve, embora não esteja claro exatamente quando serão divulgados.

    O misoprostol é um medicamento usado para induzir o aborto no início da gravidez ou para acelerar o aborto espontâneo. Os potenciais efeitos colaterais do medicamento incluem sangramento e choque hipovolêmico mortal.

    Geralmente, uma mulher que toma misoprostol faz uma D&C (dilatação e curetagem) para remover qualquer um dos restos mortais do bebê do útero.

    Se a D&C for realizada com equipamentos não esterilizados adequadamente ou contaminados, pode ocorrer infecção que pode levar à septicemia ou infecção generalizada, que pode levar à morte.

    O Dr. Luis Durand, um cirurgião argentino, disse à ACI Prensa, parceira de notícias em espanhol da CNA, que o aborto “não é um ato médico, independentemente de ser legal ou não”.

    Ele observou que “até alguns meses atrás, [o aborto] era um ato criminoso na lei argentina”. 

    (Com gazeta brasil)