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  • 16.11.2022 - 06:38

    As crescentes manifestações - Por Júnior Gurgel


    As manifestações populares que ocuparam as ruas do País, iniciadas logo após o segundo turno da eleição presidencial, são agitações resistentes – já esperadas – infundidas na falta de lisura do pleito. Considerá-las “insatisfações de derrotados” é avaliação pueril. Centenas de ocorrências, respaldadas através de atos monocráticos do Presidente do TSE, culminaram no desequilíbrio da contenda, deixando nítido que o “sistema” dispensou tratamento diferenciado, privilegiando um dos concorrentes.

    O TSE/STF, ignoraram inúmeros apelos e petições da população, além das advertências diárias do Presidente Jair Bolsonaro e centenas de parlamentares, que exigiam o voto auditável e transparência do processo eleitoral. Como a Justiça é surda e cega, impondo sua espada, imaginou acuar todos, pelo temor.  

    Rasgaram a Constituição e puseram em prática a velha legislação do compadresco, memorizada no adágio popular: “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. O comportamento imperioso e arrogante do STF, determinando a “suspensão” de garantias Constitucionais, como a liberdade de expressão, manifestação e opinião, se constituíram num ato de força, ressuscitando fantasmas do passado, como a “mordaça” e “censura”, episódios ocorridos no período dos governos militares.

    Extrapolando todos os limites do imaginável, o ministro Alexandre de Morais – indo além de sua alçada ou prerrogativas – transgrediu direitos da Carta Magna, que asseguravam a “inviolabilidade da palavra” dos Parlamentares, castigando-os com o “encarceramento do silêncio”, determinando a remoção de seus perfis das redes sociais, canal direto usado para se comunicarem com seus eleitores.

    A desordem seguiu seu curso, na trilha da ilegalidade – aparelhada com “Poder de Polícia” – que culminou em abusos, como a presença intimidatória de “Censores” vestidos com coletes “Justiça Eleitoral TSE”, na redação da Jovem Pan. Além de inibir seus profissionais, aterrorizou os dirigentes da empresa, quando proibiu (em off) participação de comunicadores na sua grade de programação. Implantam um “Regime de Exceção”, por tempo indeterminado, que pode se tornar definitivo.    

    Jair Bolsonaro foi um candidato “antissistema”, desde 2018. Todavia, sob o prisma das “eminências pardas” do establishment, sua eleição tinha sido um “acidente de percurso”, atribuído ao sentimento antipetista, em plena Lava-jato. Ledo engano. Ao instalar um governo alicerçado na Meritocracia, as velhas “elites” – eternas saqueadoras dos cofres da Nação – se depararam com um grande inimigo.

    O País outrora doente – esteve na UTI – se recuperou, recusa-se aceitar a dieta que o levou ao estado de coma em 2016, quando o PIB encolheu 3,8% e o desemprego alcançou 14 milhões de brasileiros. O povo é o Poder Originário. Só ele (maioria) e não unanimidade, tem a legitimidade de decidir sobre seu destino. A tendência dos atos públicos é aumentar a cada dia. O movimento quer ter acesso ao “código fonte”, onde se encontra o verdadeiro resultado das urnas. Só assim, teremos a volta da normalidade. 

    *Transcrito do portal A Palavra