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  • A tragédia (06.10.1930)

    10/10/2015

     Vitoriosa, a Revolução de 1930, no dia 6 de outubro do mesmo ano, um grupo de bárbaros revoltosos, deram cabo da vida e dos sonhos do poeta e advogado criminalista - JOÃO DUARTE DANTAS, na penitenciaria do Recife. Chefiados pelo médico Luiz de Goes, os ensandecidos invadiram a penitenciaria e depois de uma luta corporal abateram JOÃO DANTAS e seu cunhado, que ocupavam a mesma cela.

    Na simulação do inquérito o facínora Antonio Silvino (comprado) confinado na mesma prisão, afirmara que nada ouvira e que o fim de João Dantas havia sido por suicídio.

    O médico legista LUIZ DE GOIS, dizia, no meio universitário recifense, sem pedir reservas: "eu sangrei João Dantas". Após a prisão do assassino de João Pessoa, o digno e austero Presidente que pretendeu mudar o estilo administrativo e o politico que se praticavam no Estado, o enclausurado assassino de João Pessoa, recebeu a visita do seu jovem amigo e acadêmico de Direito, Antonio Pereira Diniz, e informado,

    por ele, da morte do seu desafeto, dissera: "isto não me trouxe nenhuma satisfação..." Por essa declaração assino e dou fé, pois fui ouvinte da asserção, 40 anos depois, na Varanda do Cabo Branco. Dois dias depois (08-10.1930) ANAYDE BEIRIZ deixava a vida para entrar na historia. Ontem houve missa por eles como faço todos os anos em memoria de minha avó, de quem herdei a missão religiosa.

    Em consequência da fase de irracionalidade 4 paraibanos foram trucidados: JOÃO PESSOA, JOÃO DANTAS, JOÃO SUASSUNA, e ANAYDE BEIRIZ. No livro de minha autoria (esgotado em 3 semanas) intitulado - JOÃO DANTAS E ANAYDE BEIRIZ - estão explicitados os depoimentos que apanhei com pessoas que viveram aquela época: José Américo, Reynaldo Almeida, Severino Diniz, Antonio Pereira Diniz, Leomax Falcão, Amelinha Theorga, Hilda Netto Peixoto, Mª Luíza Targino e outros. REQUIEM para todos, culpados e inocentes.


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